Enviado dos Direitos Humanos da ONU se diz perturbado com deportações nos EUA

© AFP 2023 / PAUL J. RICHARDSAn international air traveler (r) clears US Customs and Border Protection declarations to enter the United States in the US Customs and Immigration area at Dulles International Airport(IAD) , December 21, 2011 in Sterling, Virgina, near Washington, DC
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O principal enviado dos direitos humanos da ONU, Zeid Ra'ad Al Hussein, expressou preocupação com o aumento do número de migrantes dentro da lei sendo detidos nos EUA. A declaração do Comissário da ONU veio em meio a acalorados debates em curso nos EUA sobre o fim iminente do DACA, que concedem amnistia temporária a crianças imigrantes ilegais.

"Estou perturbado pelo aumento das detenções e deportações de imigrantes bem estabelecidos e respeitadores da lei: o número de imigrantes detidos que não tinham convicções criminais foi 155% maior nos primeiros cinco meses deste ano do que no período equivalente em 2016", disse Zeid na abertura da 36ª sessão do Conselho dos Direitos Humanos em Genebra, conforme citado na declaração do Alto Comissariado dos Direitos Humanos da ONU (ACNUDH).

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A declaração do alto funcionário da ONU ocorreu em meio a disputas contínuas sobre a política de Ação de Diferimento para Ingressos Infantis (DACA) nos Estados Unidos.

Como a Casa Branca decidiu acabar com a política DACA, que protege da deportação milhares de imigrantes ilegais que foram trazidos ainda criança para os EUA, várias figuras públicas americanas proeminentes criticaram o presidente dos EUA, Donald Trump, e sua administração pelo movimento.

Na semana passada, o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama escreveu na página dele no Facebook que perseguir "esses jovens é errado" e "cruel" porque "eles não fizeram nada de errado", afirmando que o movimento "é contrário ao nosso espírito e ao bom senso" e observando "que líderes empresariais, líderes da fé, economistas e americanos de todas o espectro político pediram à Administração que não faça o que fez hoje [encerra o DACA]".

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Em agosto deste ano, quase 1.500 economistas dos EUA enviaram uma carta à Trump declarando que a economia dos EUA se beneficia dos imigrantes. Os economistas argumentaram que, sem um ingresso saudável de imigrantes, a força de trabalho dos EUA logo entraria em declínio, com os setores de manufatura, agricultura, construção e alta tecnologia sofrendo o máximo.

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