Para quem é vantajosa a crise coreana?

© REUTERS / Lance Cpl. Carlos JimenezAs manobras militares conjutas dos EUA e a Coreia do Sul
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Assustados com a troca de afirmações duras entre Washington e Pyongyang, alguns países da região, como o Japão, pretendem modernizar significativamente seu setor da defesa. Analista militar sérvio acredita que qualquer conflito militar traz vantagens. Para quem então?

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De acordo com os dados do Instituto Internacional de Pesquisa da Paz (Estocolmo), desde 2001 o volume total de venda de armas tem crescido constantemente. Neste setor, os EUA estão muito à frente de seus perseguidores, tendo sua parte crescido para 33% entre 2011 e 2015.

O analista militar sérvio Miroslav Lazanski, em entrevista à Sputnik Sérvia, afirmou que qualquer conflito no mundo é um presente para a indústria militar das grandes potências. Segundo ele, com cada crise os EUA ganham 20-25 bilhões de dólares. A crise coreana, opina, não será uma exceção.

O analista lembra que com a nova onda de tensões entre o Irã e a Arábia Saudita Washington lucrou pelo menos 65 bilhões de dólares — é o montante que os sauditas gastaram para comprar armas aos norte-americanos.

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Outro exemplo citado pelo especialista é a guerra no Iraque, que se tronou um "posto de gasolina da família Bush". A guerra na Líbia também foi mais do que vantajosa para os EUA.

"Eles [EUA] apreenderam contas que continham 250 bilhões de recursos públicos líbios. A guerra na Líbia acabou sendo financiada pela própria Líbia. Além dos EUA, o mesmo fizeram a França e o Reino Unido", contou Miroslav Lazanski.

Neste contexto, o especialista cita o recém-desclassificado documento do Arquivo Nacional do Reino Unido, que é uma carta do ministro de aquisições militares, Alan Clark, que qualificou a invasão do Kuwait pelo Iraque em 1990 como uma boa oportunidade de fornecer armas para os países do golfo Pérsico.

O autor concluiu com uma pergunta retórica: será que uma nova "oportunidade sem precedentes" vai ser usada na região do Círculo do Pacífico?

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