Crise com Coreia do Norte só pode ser resolvida com eliminação de Kim, diz analista

© REUTERS / KCNAKim Jong-un, líder da Coreia do Norte
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Enquanto a comunidade internacional prega a diplomacia para resolver a crise com a Coreia do Norte, um especialista sul-coreano sugeriu uma abordagem bem menos ortodoxa e muito mais agressiva para lidar com o fim das provocações.

"O problema não será solucionado a não ser que Kim Jong-um seja eliminado", afirmou Nam Sung-wook, professor do departamento de unificação e diplomacia da Universidade da Coreia, ao jornal sul-coreano Korea Herald.

Ex-agente de espionagem da Coreia do Sul, Nam avaliou que "parte do problema por trás da atual crise se deve ao temperamento explosivo" do líder da Coreia do Norte.

A avaliação nada sutil do analista – que chefiou o Instituto Nacional de Estratégia de Segurança – se deve ao conhecimento que ele adquiriu sobre o passado de Kim, que data do período em que o atual líder norte-coreano estudou em Berna, na Suíça, com 15 anos.

"Kim tinha uma namorada que era um ano mais velha do que ele. Quando ela pediu que ele parasse de fumar ao telefone, aparentemente preocupada com sua idade na época, Kim ficou furioso e respondeu com linguagem vulgar. Foi chocante (ouvir essa história) naquela época", contou Nam.

Embora um fato como esse possa ser menosprezado como algo sério, o analista sul-coreano afirmou que ele ajuda a entender um pouco da personalidade de Kim, uma figura bastante desconhecida em suas maneiras tanto no Oriente quanto no Ocidente.

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"[Mesmo assim] pensei que ele tinha maneiras e características extremamente difíceis — que ele definitivamente iria complicar as coisas quando ele chegasse ao poder. Esperava que minhas previsões não fossem reais, mas infelizmente estão tomando forma", continuou Nam.

O especialista comentou ainda que Kim não deve ser subestimado, sobretudo pela sua preocupação em demonstrar que possui poder – não por acaso, em suas aparições públicas ele sempre está assinando documentos ou supervisionando planos ousados de Pyongyang.

Neste ano, a Coreia do Norte denunciou o que teria sido um plano da Coreia do Sul e dos Estados Unidos em assassinar Kim, acusando os serviços de inteligência dos dois países por tal ideia, a mesma que teria sido desmantelada pelo governo norte-coreano.

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