Coreia do Norte ameaça os EUA e o seu 'seguidor cego' Japão

© REUTERS / KCNA Lançamento do míssil balístico intercontinental Hwasong-12 (29 de julho, 2017)
Lançamento do míssil balístico intercontinental Hwasong-12 (29 de julho, 2017) - Sputnik Brasil
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A Coreia do Norte afirmou nesta sexta-feira que o seu mais recente teste balístico é um alerta à crescente colaboração militar entre Estados Unidos e Japão, este um “seguidor cedo” da política estadunidense que ameaçaria a soberania norte-coreana.

"Os passos mais difíceis da nossa República (o Norte), com os lançamentos dos ICBM Hwasong-14 e dos IRBM Hwasong-12, são uma grave advertência não apenas para os EUA, mas para o seu seguidor cego Japão, pois representam sérias ameaças à nossa soberania e direitos a vida e desenvolvimento", publicou o jornal Rodong Sinmun, do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.

A passagem consta em um artigo intitulado 'Conspiração Militar que leva a autodestruição', que relembra ainda a aliança feita por Washington e Tóquio em 1905, a mesma que permitiu que os japoneses invadissem e colonizassem a Península da Coreia.

Segundo informações da agência sul-coreana Yonhap, o jornal norte-coreano afirmou que tal conspiração militar é uma lembrança do chamado acordo Taft-Katsura, em que os EUA reconheceram a necessidade de o Japão colonizar a Coreia, enquanto o Japão concordou com o controle dos EUA sobre as Filipinas.

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O memorando secreto foi assinado em julho de 1905 pelo então secretário de guerra dos EUA, William Taft, e pelo primeiro-ministro japonês, Katsura Taro. O Japão anexou a Coreia em 1910.

Na última terça-feira, Pyongyang autorizou o lançamento de um míssil de médio alcance Hwasong-12 em direção ao nordeste do Japão, o que colocou Tóquio em alerta. O míssil sobrevoou a ilha de Hokkaido, antes de cair no Oceano Pacífico.

O governo de Kim Jong-un considerou as recentes manobras militares conjuntas entre os EUA e o Japão um ato "imprudente", que apenas contribuem para a elevação das tensões na península.

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