Trump anuncia aumento da presença dos EUA no Afeganistão para combater o terrorismo

© REUTERS / Carlos BarriaPresidente dos EUA, Donald Trump
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite desta segunda-feira que o país deverá aumentar a sua presença com mais tropas no Afeganistão. A decisão, acertada no fim de semana, faz parte de uma nova estratégia de combate ao terrorismo.

Crítico da permanência norte-americana no Afeganistão, Trump fez um pronunciamento no horário nobre dos EUA para explicar que uma saída brusca das Forças Armadas estadunidenses do país asiático seria um erro e daria mais força aos terroristas.

De acordo com o republicano, a permanência e reforço das forças militares dos EUA no Afeganistão vai impedir que o país e o seu vizinho, o Paquistão, se tornem zonas seguras para terroristas de diversos grupos que possam representar uma ameaça aos norte-americanos.

"Meu instinto original era sair [do Afeganistão]", disse ele em seu discurso, acrescentando que estava convencido por seus conselheiros de segurança nacional que fortalecer a capacidade dos EUA de impedir que os talibãs expulsem o governo apoiado pelos EUA em Cabul.

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“Também expandiremos a autoridade para que as Forças Armadas americanas visem as redes terroristas e criminosas que semeiam violência e caos em todo o Afeganistão”, completou o presidente.

A presença dos EUA no Afeganistão data de outubro de 2001, semanas após os ataques de 11 de Setembro contra as Torres Gêmeas em Nova York. No passado, Trump repetiu diversas vezes que a guerra já havia custado muito dinheiro e muitas vidas ao país, e que era preciso que a Casa Branca retirasse as suas forças militares.

Em seu pronunciamento, Trump não disse quantas tropas norte-americanas seriam enviadas, mas o secretário de Defesa, James Mattis, afirmou que planeja enviar mais de 4.000 soldados para se somarem aos 8.400 já estacionados no Afeganistão atualmente.

O presidente dos EUA ainda deixou em aberto a possibilidade de um acordo futuro com o Talibã, afirmando que o futuro do Afeganistão precisa ser decidido pela própria população do país, e que o apoio estadunidense não é um “cheque em branco” sem prazo para acabar.

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'Ameaça' ao Paquistão

Trump aproveitou o pronunciamento para alertar o Paquistão, que seria um “paraíso seguro” para extremistas islâmicos. De acordo com o presidente dos EUA, isso não será mais tolerado e será inclusive combatido.

"O Paquistão tem muito a ganhar com a parceria com o nosso esforço no Afeganistão", disse Trump. "[O Paquistão] tem muito a perder ao continuar a abrigar criminosos e terroristas".

Em julho, o secretário Mattis criticou o governo paquistanês, que não estaria fazendo jus aos US$ 350 milhões recebidos para combater terroristas em seu território. Uma das queixas seria a presença da rede Haqqani, uma dissidência do Talibã, no Paquistão.

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