Ódio nas ruas: neonazistas homenageiam aliado de Hitler em Berlim (VÍDEOS)

© REUTERS / Christian MangManifestantes neonazistas foram às ruas em Berlim para homenagear Rudolf Hess, aliado de Adolf Hitler
Manifestantes neonazistas foram às ruas em Berlim para homenagear Rudolf Hess, aliado de Adolf Hitler - Sputnik Brasil
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A exemplo do que aconteceu em Charlottesville (EUA), grupos neonazistas estão cada vez mais a vontade para ir às ruas. Prova disso aconteceu neste sábado em Berlim, onde cerca de 500 defensores da ideologia de Adolf Hitler fizeram um ato em homenagem ao 30º aniversário da morte de Rudolf Hess, que foi vice líder do Partido Nazista alemão.

De acordo com o canal alemão Deutsche Welle, os neonazistas pretendiam levar a manifestação até o local onde ficava a prisão em que Hess, um aliado de Hitler, cumpriu a sentença de prisão perpétua por seus crimes de guerra.

Entretanto, mais de 1 mil ativistas contrários ao nazismo conseguiram deter a passeata, que precisou mudar de rota. A polícia alemã teve trabalho para separar os manifestantes dos dois lados e foi preciso efetuar um número ainda não divulgado de prisões.

À Agência Associated Press, o porta-voz da polícia de Berlim, Carsten Mueller, afirmou que várias medidas foram impostas ao grupo neonazista para que o ato fosse permitido. De acordo com o policial, apenas uma faixa poderia ser carregada a cada 50 manifestantes e cânticos para glorificar Hess ou o nazismo não poderiam ser entoados.

Uma das faixas carregadas pelos neonazistas dizia "Não me arrependo de nada", enquanto outros levavam consigo bandeiras nas cores vermelho, preto e branco do Terceiro Reich de Hitler.

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Na Alemanha, a propaganda em favor da ideologia nazista é crime. Entretanto, o governo procura avaliar individualmente os pedidos de manifestação – incluindo os de grupos extremistas e radicais –, a fim de garantir a liberdade de expressão.

Porém, vários ativistas antifascistas condenaram que o ato neonazista tenha sido autorizado em Berlim.

Hess, que foi o último criminoso de guerra a permanecer na prisão de Spandau quando morreu aos 93 anos, foi nomeado deputado de Hitler quando os nazistas chegaram ao poder em 1933, cargo que manteve até 1941, quando ele voou sozinho para a Grã-Bretanha, acreditando que Hitler queria que ele negociasse a paz entre os dois lados em conflito.

Ele passou o resto da guerra em uma prisão na Grã-Bretanha antes de ser condenado por crimes contra a paz no tribunal militar de Nuremberg.

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