Por que os EUA não poderão substituir o gás russo na Europa?

© REUTERS / Laszlo Balogh Gasoduto em Beregdaroc, Hungria, um dos pontos de passagem do gás russo à UE
Gasoduto em Beregdaroc, Hungria, um dos pontos de passagem do gás russo à UE - Sputnik Brasil
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O representante permanente da Rússia na UE, Vladimir Chizhov, explicou por que os EUA não irão conseguir substituir os fornecedores de gás russos na Europa.

"Mesmo que os norte-americanos fornecessem gás natural liquefeito à Europa até gratuitamente eles não teriam capacidades suficientes para substituir os fornecimentos russos", disse Chizhov ao serviço russo da rádio Sputnik.

Ele nomeou três razões por que os EUA não poderiam constituir alternativa aos fornecedores de gás russos.

"Nos EUA hoje em dia existe apenas um terminal de carga de gás natural liquefeito para exportação, na Louisiana. Eles planejam construir mais meia dúzia de terminais em diferentes partes do país, mas, em primeiro lugar, isso levará muito tempo. Em segundo lugar, poderão não ter gás suficiente. Em terceiro lugar, na Europa não há terminais suficientes que possam aceitar gás liquefeito e não há muitos navios-tanque para transportá-lo", explicou Chizhov.

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No início de agosto o presidente norte-americano Donald Trump promulgou as novas sanções contra a Rússia. O documento inclui uma série de medidas restritivas em relação à economia russa e às empresas europeias que cooperem com Moscou nos grandes projetos relacionados com a exportação de hidrocarbonetos russos. Mais do que isso, o documento visa claramente o projeto do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), com origem na Rússia.

Berlim chamou as novas sanções de ilegais, sublinhando que através delas Washington quer lidar com os seus concorrentes e começar a fornecer o seu gás à Europa. Segundo Chizhov, graças aos esforços da UE, os EUA levantaram as sanções de vários projetos energéticos com a Rússia: na variante final do documento o limite de participação russa nos projetos foi elevado de 10 para 33 por cento.

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A Rússia é o maior fornecedor de gás à União Europeia, que depende da importação de energia.

Os EUA estão aumentando a sua quota de mercado na UE. A quota de gás natural liquefeito norte-americano na importação total de gás da União Europeia  no primeiro trimestre de 2017 foi de seis por cento,  aumentando 10 vezes em comparação com os dados de 2016. No primeiro trimestre de 2017 os EUA se tornaram o sexto maior fornecedor de gás natural liquefeito à União Europeia.

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