Especialista: Kiev costuma encarregar seus sabotadores de missões 'idiotas'

© AFP 2023 / Anatolii StepanovUm militar ucraniano vestindo uma máscara que descreve um crânio, em 23 de setembro de 2014, no portador de veículo blindado em um subúrbio da cidade oriental Debaltseve na região de Donetsk
Um militar ucraniano vestindo uma máscara que descreve um crânio, em 23 de setembro de 2014, no portador de veículo blindado em um subúrbio da cidade oriental Debaltseve na região de Donetsk - Sputnik Brasil
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A República Popular de Donetsk anunciou a morte de seis militares ucranianos que tentaram tomar a "zona cinzenta". O cientista político Aleksandr Asafov opinou em entrevista à Radio Sputnik que as repúblicas autoproclamadas de Donbass já se acostumaram à tática de sabotagem empregada por Kiev.

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Os sabotadores do exército ucraniano tentaram avançar em profundidade na "zona cinzenta" (área segura ao longo da linha de contato entre as partes) no sul da autodenominada República Popular de Donetsk (RPD), mas acabaram recuando após seis deles terem sido mortos, informou na noite de terça para quarta-feira o comando operacional da RPD.

"Às 21h00 e 21h10, dois grupos subversivos do inimigo, totalizando 10 elementos cada um, empreenderam uma tentativa de avançar em profundidade na "zona cinzenta", operando a partir de duas direções na área da localidade de Kominternovo", disse aos jornalistas o porta-voz do comando operacional.

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Segundo ele, os milicianos independentistas abriram fogo contra os invasores, fazendo com que os sabotadores recuassem.

Na opinião do cientista político, as autodenominadas repúblicas de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) já se adaptaram à tática de Kiev.

"O objetivo de Kiev é tornar a vida na RPD e na RPL extremamente insuportável através do bloqueio comercial e isolamento, interrupções de água corrente e eletricidade e, claro, bombardeios. Por isso, a atividade ligada à sabotagem, atentados terroristas e destruição da infraestrutura é uma alavanca importantíssima nas mãos de Kiev. Contudo, as repúblicas aprenderam a resistir e sobreviver nessas condições, que é o que a gente vê nesta história: o grupo foi quase completamente eliminado, apesar de terem agido sob cobertura de lança-granadas e morteiros", frisou Asafov à Sputnik.

"As autoridades ucranianas tratam esses sabotadores como carne para canhão. Eles costumam ser encarregados de missões 'idiotas'. Eis aqui um exemplo da Crimeia – um indivíduo foi, completamente a sério, serrar as linhas de transmissão de eletricidade. Eles não são um recurso valioso para o governo ucraniano", concluiu o especialista.

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