Enganar a morte: um chinês congela o cadáver de sua mulher para ressuscitá-la (FOTOS)

© AP Photo / Lynne SladkyUm cientista estudando cérebro humano. Foto de arquivo
Um cientista estudando cérebro humano. Foto de arquivo - Sputnik Brasil
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Atualmente o corpo da mulher, que faleceu em decorrência de um câncer de pulmão, está conservado em nitrogênio líquido, a 190 graus Celsius abaixo de zero.

Alcançar a imortalidade ou ressuscitar é um dos sonhos mais antigos da humanidade. Na China acabaram de dar um passo gigante para a ressurreição graças a uma tecnologia futurista. Segundo o jornal China Daily, pela primeira vez no país o corpo inteiro de uma pessoa foi congelado por meio de criopreservação.

O experimento começou no dia 8 de maio, menos de cinco minutos depois de o coração de Zhan Wenlian, uma mulher de 49 anos, ter parado de bater e sua morte ter sido declarada por causa do câncer de pulmão. Então os médicos conectaram imediatamente Zhan a um sistema de apoio vital que garantiu o funcionamento cardiopulmonar e a nutrição do corpo.

​O segundo passo foi injetar no seu corpo substâncias químicas que deviam proteger seus órgãos durante o processo de congelação. Posteriormente o cadáver foi depositado em um recipiente com nitrogênio líquido a uma temperatura inferior a 190 graus Celsius abaixo de zero. O processo inteiro levou cerca de dois dias para ser realizado.

​Os cientistas acreditam que a criopreservação, como se denomina a tecnologia, conserva a estrutura celular e química do organismo, o que permitirá que no futuro seja possível devolver a vida ao corpo, recuperando sua memória e personalidade. É o que pensa também o esposo da falecida, Gui Junmin, a quem sua mulher deu autorização a realizar este processo antes de morrer.

"Gui disse que gostaria de tentar, embora ele soubesse que não era possível ressuscitar sua esposa em um futuro próximo", disse Kong Fei, colaborador da fundação da Alcor Life Extension, que financiou o experimento. "Eu acho que seu amor pela esposa foi o fator mais importante em sua decisão", acrescentou. 

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O corpo da esposa de Gui é o primeiro organismo humano inteiro a ser submetido à criopreservação na China. Contudo, não é a primeira tentativa no país de conservar um ser humano dessa maneira, pois a primeira pessoa que se submeteu à crioterapia foi Du Hong, uma escritora chinesa que conservou sua cabeça em 2015.

De acordo com os dados publicados pelo South China Morning Post, pelo menos 300 pessoas por todo o mundo já foram submetidas à criopreservação. Os investigadores chineses têm estudado essa tecnologia futurista durante décadas. 

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