Coreia do Norte deve testar novo míssil submarino em breve, dizem especialistas

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Lançamento do míssil balístico Pukguksong-2 pela Coreia do Norte - Sputnik Brasil
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Enquanto a comunidade internacional aguarda por um novo teste balístico da Coreia do Norte, especialistas acreditam que uma outra frente de Pyongyang pode trazer surpresas, com um novo míssil submarino (SLBM, na sigla em inglês) estando prestes a ser testado em breve.

De acordo com a rede norte-americana CNN, citando uma fonte do Pentágono, o regime de Kim Jong-un teria realizado um teste de ejeção na última terça-feira na base naval de Sinpo, na província de Hamkyong do Sul, onde o país mantém parte dos seus submarinos e de onde realizou testes com mísseis submarinos em agosto de 2016.

A ejeção foi projetada para testar o sistema de “lançamento a frio”, um componente crítico de um míssil submarino e uma tecnologia usada para o lançamento do Pukguksong-1 em agosto passado, e sua versão terrestre Pukguksong-2 em fevereiro. Foi o segundo teste do tipo neste mês e o terceiro neste ano, acrescentarou a fonte do Pentágono.

“Acreditamos que a Coreia do Norte preparou-se para o lançamento do Pukguksong-3”, disse Moon Geun-shik, especialista em submarinos no Fórum Coreano de Defesa e Segurança, ao falar sobre a última variante de mísseis de tipo Pukguksong, que se presumiu estar encerrada durante o desfile militar norte-coreano de 15 de abril.

“Comparado com Pukguksong-1 e Pukguksong-2, considera-se que o Pukguksong-3 exige mais combustível. Acreditamos que o Norte atualizaria o míssil aplicando sua tecnologia avançada para a guerra e o sistema de reentrada”, completou Moon.

Desde o lançamento bem sucedido do Pukguksong-1 em agosto passado, a Coreia do Norte aumentou os esforços para desenvolver uma versão atualizada do míssil. Considerou-se que o projétil tinha voado 500 quilômetros e, se disparado em um ângulo de maximização de alcance, teria viajado mais de 1.000 quilômetros, disseram analistas à época.

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A preocupação da comunidade internacional envolve a “atividade incomum” do submarino norte-corano da classe Romeo, que está em andamento há cerca de 10 dias depois de navegar cerca de 100 quilômetros nas águas entre a Coreia do Norte e o Japão. Ele geralmente retorna à sua base dentro de quatro dias e raramente realiza missões em águas tão remotas.

“Nós avaliamos que a Coreia do Norte continuou sua atividade para desenvolver um SLBM. Continuamos a acompanhar as atividades relevantes do país”, disse o coronel Roh Jae-chun, porta-voz do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, em uma entrevista coletiva.

Enquanto isso, o Exército sul-coreano informou nesta quinta-feira que não há indicação clara de um novo teste iminente de mísseis balísticos da Coreia do Norte. A especulação tinha sido desenfreada que o Norte dispararia um míssil nesta quinta-feira, data que marca o 64º aniversário do acordo de armistício que parou a Guerra da Coreia (1950-1953).

De acordo com os militares, houve a chuva nos últimos dias no local de teste em Kusong, província de Pyongan do Norte, onde Pyongyang moveu um caminhão de lançamento para preparar o que seria um novo teste.

Mas os militares destacaram que o regime comunista está pronto para disparar um míssil balístico “a qualquer hora e em qualquer lugar”, e poderia usar os lançadores móveis para esconder o teste de mísseis. A Coreia do Sul e os EUA aumentaram a vigilância do site de teste de mísseis do Norte, acrescentou o Exército sul-coreano.

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