'Não nos permitem' visitar Rússia, dizem guardas ucranianos à jornalista expulsa do país

O Serviço de Segurança da Ucrânia informou sobre a expulsão do país da jornalista russa, Maria Knyazeva, que trabalhava para os canais russos de TV Rossiya 1 e Rossiya 24.

De acordo com o serviço, a jornalista, sob o pseudônimo de Saushkina "realizava atividades destrutivas" no território da Ucrânia.

Nota-se que Maria Knyazeva, "utilizando seus contatos com representantes da mídia ucraniana e especialistas pró-Rússia", coletava informações sobre a situação no Estado, sobre atividades dos órgãos de poder e estruturas militares. Afirma-se também que a jornalista usava os dados para "cobrir de modo tendencioso a situação na Ucrânia".

Maria Knyazeva foi expulsa da Ucrânia e proibida de entrar no país por três anos. A rede de televisão russa VGTRK já confirmou a informação.

De acordo com a jornalista, desconhecidos a levaram a força nas ruas de Kiev para interrogá-la. Depois de ser interrogada por cinco horas, a mulher foi levada à fronteira com a Rússia. Ela teve uma conversa informal com os guardas e eis o que lhe disseram:

"Desculpe-nos, gostamos de São Petersburgo, queremos ver suas noites brancas, mas não nos permitem".

As autoridades ucranianas tem interrompido regularmente o trabalho de jornalistas russos, impedindo a entrada no país, detendo ou expulsando.

Vale destacar que, segundo a União Nacional de Jornalistas da Ucrânia, a segurança de jornalistas no país tem diminuído, enquanto crimes contra os representantes da mídia permanecem sem punição.