Febre do lítio: quem vai ficar com o 'petróleo branco' tcheco?

© Sputnik / Ruslan KrivobokLítio tem sido chamado de "petróleo branco"
Lítio tem sido chamado de petróleo branco - Sputnik Brasil
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A República Tcheca está prestes a entrar para o clube de maiores produtores mundiais de lítio. Desde já, empresas australianas e norte-americanas estão disputando o direito de explorar o mineral no país.

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Partes do solo tcheco passaram a valer, do dia para noite, bilhões de dólares. Não se trata de ouro, nem de petróleo, mas de um mineral muito mais valioso. A empresa tcheco-australiana, Geomet, realizou perfurações de prospecção em Cínovec, na região de Teplice, e descobriu uma reserva de 6,5 milhões de toneladas de lítio.

A República Tcheca, desse modo, poderá garantir toda a demanda europeia pelo metal por mais de dez anos.

O lítio é um mineral usado, ente outras funções, para a produção de baterias recarregáveis. Considerando o grande crescimento do setor de automóveis elétricos, o lítio tende a se tornar mais valioso do que o petróleo, o gás natural ou mesmo o ouro. Por isso, o metal passou a ser chamado de "petróleo branco" e muitos já falam de uma "febre do lítio", que esta prestes a estourar no mundo todo.

E quem vai ficar com a fortuna tcheca? Segundo a imprensa, as maiores chances de exploração são da empresa Geomet, pertencente à European Metal Holdings, que recebeu a licença de prospecção e de perfuração do ministério do Meio Ambiente local. No entanto, a companhia internacional de consultoria Albright Stonebridge Group também entrou na concorrência. Como dá para perceber pelo nome, a empresa é chefiada pela ex-secretária de Estado dos EUA de origem tcheca, Madeleine Albright.

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No entanto, alguns políticos do país não estão satisfeitos com as perspectivas de uma exploração totalmente privada do mineral e esperam uma maior participação do Estado no processo. É o que pensa Jaroslav Borka, deputado do Partido Comunista da Boêmia e Morávia (KSCM) e membro do comitê constitucional do parlamento. Segundo ele, "os setores industriais estratégicos devem ser regulados pelo Estado, e não por especuladores financeiros, que deixarão depois de si grandes problemas ecológicos e despesas milionárias com saúde e recuperação do solo, que serão pagas pelas gerações futuras".

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