Raúl Castro rejeita política externa de Trump em relação à Havana

© AP Photo / Sven CreutzmannRaúl Castro, Presidente de Cuba
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O presidente cubano, Raúl Castro, atacou a mudança implantada por Donald Trump na política dos Estados Unidos em relação à ilha. A fala ocorreu durante a Assembleia Nacional cubana, nesta sexta-feira (14).

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O líder cubano afirmou que as tentativas de derrubar a revolução falhariam, como falharam as tentativas de outros 11 ex-presidentes dos EUA. Para ele, as mudanças implantadas por Trump ignoram o desejo da maior parte da população. 

"Rejeitamos a manipulação do tema dos direitos humanos contra Cuba, que pode se orgulhar muito dessa área e não precisa receber lições dos Estados Unidos, de ninguém", afirmou Castro, segundo a agência Cubadebate.

Trump disse no mês passado que estava cancelando o "acordo terrível e equivocado" do ex-presidente Barack Obama com Cuba. Entretanto, muitos dos pontos acordados por Obama foram mantidos, como a embaixada dos EUA em Havana. Mas o republicano estabeleceu mais restrições aos estadunidenses que viajam para Cuba.

Castro afirmou que Havana permanece aberta para negociar assuntos de interesse bilateral com os Estados Unidos.

"Cuba e Estados Unidos podem cooperar e viver lado a lado, respeitando suas diferenças", disse ele. "Mas ninguém deve esperar que para isso acontecer, concessões inerentes à soberania e independência precisem ser feitas".

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Castro disse que Trump claramente estava mal informado sobre a história de Cuba com os Estados Unidos e o patriotismo dos cubanos.

O recuo na normalização das relações com Washington ocorre quando Cuba já enfrenta uma grande variedade de desafios políticos e econômicos.

O mandato de Castro terá mais 7 meses, embora mesmo fora do cargo, ele continuará como chefe do Partido Comunista.

Sua geração, que governou Cuba desde a revolução de 1959, está morrendo.

Enquanto isso, a Venezuela, país mais próximo de Havana diplomaticamente, enfrenta uma profunda crise, com inflação de três dígitos e dezenas de mortos em protestos populares.

Castro reiterou solidariedade de Cuba com a Venezuela, dizendo que o país estava sofrendo uma "guerra não convencional imposta pelo imperialismo e os setores oligárquicos".

Apesar da menor transferência de petróleo da Venezuela, a economia cubana conseguiu crescer 1,1% na primeira metade do ano, superando a recessão de 2016, afirmou Castro.

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