Kremlin: Ucrânia usa pseudo-ameaça russa para manipular políticos europeus

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Torre Spasskaya do Kremlin de Moscou, Rússia - Sputnik Brasil
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Quando o presidente russo, Vladimir Putin, falou da "russofobia" como da "única mercadoria que a Ucrânia consegue vender bem", ele se referia também à pseudo-ameaça" russa, utilizada por Kiev para manipular os políticos europeus, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

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"O uso da pseudo-ameaça russa é o principal instrumento de pressão e manipulação dos políticos europeus", disse Peskov em uma coletiva de imprensa, comentando a afirmação de Vladimir Putin feita à margem da cúpula do G20.

A instalação de missões da OSCE e da UE em Donbass é possível somente caso ambas as partes do conflito no leste da Ucrânia o aceitem, declarou Dmitry Peskov.

"O presidente Putin sempre sublinhou que a instalação de qualquer missão é possível apenas no caso de haver consenso entre as partes do conflito", disse ele, indicando que se tratava da Ucrânia e dos representantes das repúblicas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk.

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Peskov salientou que o líder russo abordou este tema durante a reunião com seu homólogo norte-americano Donald Trump no âmbito da cúpula do G20 em Hamburgo.

Além disso, o porta-voz do Kremlin apontou que as publicações de Donald Trump nas redes sociais não podem influir nas relações entre Moscou e Washington.

Anteriormente, o presidente dos EUA, Donald Trump, tinha escrito no seu Twitter que o fato de ele e Putin terem discutido a possível criação de um grupo para a segurança cibernética, "não quer dizer que ele creia que isso possa acontecer".

Segundo Peskov, os líderes "não prometeram nada, de fato foi constatada a disposição para trabalhar nessa área".

Ele também reiterou que a Rússia não manteve nem mantém tropas em território ucraniano. 

"A Rússia não teve nem tem militares na Ucrânia", ressaltou o porta-voz, citando o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, que afirmou que a Rússia deve retirar suas tropas da Ucrânia.

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Stoltenberg fez as respetivas declarações ao concluir a reunião da Comissão OTAN-Ucrânia em Kiev em 10 de julho.

O governo ucraniano, bem como os EUA e a União Europeia, acusaram várias vezes Moscou de manter um contingente no leste da Ucrânia.

A adesão da Ucrânia à OTAN levará a uma maior aproximação da infraestrutura militar da Aliança das fronteiras russas afetando a segurança da Europa, afirmou Peskov.

"Há muitos anos que a Rússia está preocupada com a aproximação da infraestrutura militar da OTAN das suas fronteiras […] Pode ser mais um passo nesta direção e é claro que não vai contribuir para a estabilidade e segurança no continente europeu", respondeu Peskov à pergunta sobre o possível início de discussões sobre a adesão da Ucrânia à OTAN.

Em abril de 2014, a Ucrânia lançou uma operação militar nas províncias de Donetsk e Lugansk, onde foram proclamadas repúblicas populares em resposta à mudança violenta de governo em Kiev em fevereiro do mesmo ano.

Os acordos de Minsk, firmados em setembro de 2014 e em fevereiro de 2015, lançaram as bases para uma solução política do conflito, mas até agora eles não pararam a violência que já vitimou, segundo estima a ONU, 10.100 pessoas.

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