Como Washington pode responder ao recente teste de míssil de Pyongyang?

© REUTERS . Kim Hong-Ji Pessoas em Seul vendo a notícia na TV sobre o teste de míssil balístico na Coreia do Norte, em 4 de julho de 2017
Pessoas em Seul vendo a notícia na TV sobre o teste de míssil balístico na Coreia do Norte, em 4 de julho de 2017 - Sputnik Brasil
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O primeiro míssil intercontinental lançado pela Coreia do Norte significa que Pyongyang possui tecnologias suficientes para realizar um ataque com ogivas nucleares contra os EUA, mas Washington pode responder a este passo, acredita o pesquisador russo Vladimir Batyuk.

A Coreia do Norte realizou em 3 de julho o lançamento de um míssil balístico em direção ao mar do Japão (também conhecido como mar do Leste). A TV estatal norte-coreana afirmou que o teste do Hwasong-14 fora bem-sucedido.

O Japão qualificou o ensaio como violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, declarando um protesto.

De acordo com Vladimir Batyuk, chefe do Centro de Pesquisas Político-Militares do Instituto dos EUA e Canadá (Academia de Ciências da Rússia), o recente lançamento do míssil, que supostamente atingiu a altitude de 2,5 mil quilômetros, é "mais uma prova de que a Coreia do Norte possui tecnologias que permitem atacar o território dos EUA."

Glaceiro no Parque Nacional dos Fiordes de Kenai. 1 de setembro 2015. Seward, Alasca. - Sputnik Brasil
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Comentando a informação de que Pyongyang realizou o teste no Dia da Independência dos Estados Unidos, o especialista notou que a possibilidade de efetuar um ataque com uma ogiva nuclear contra Washington é mais importante do que a data escolhida por Pyongyang.

Segundo Vladimir Batyuk, é muito possível que Washington tome medidas de resposta ao teste norte-coreano, nomeadamente, participando de exercícios conjuntos com a Coreia do Sul.

"Terá lugar uma reação negativa, provavelmente um deslocamento de tropas ou talvez realizem novos treinamentos conjuntos com a Coreia do Sul. Mas, como mostram os casos anteriores, tais ações não contribuem para tendências pacíficas em Pyongyang, muito pelo contrário", afirmou Vladimir Batyuk.

A divulgação pública sobre o lançamento no dia do teste é um caso excepcional na Coreia do Norte: antes os testes eram anunciados no dia após o lançamento. Os dados sobre o voo do míssil quase coincidiram com as avaliações dos militares sul-coreanos.

O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, afirmou que o míssil lançado é de médio alcance e não intercontinental.

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