Caos na região: Iraque tem que se resignar à presença de tropas norte-americanas

© AFP 2023 / USMCFuzileiros navais norte-americanos em al-Qaim, perto da fronteira síria, oeste do Iraque (Arquivo)
Fuzileiros navais norte-americanos em al-Qaim, perto da fronteira síria, oeste do Iraque (Arquivo) - Sputnik Brasil
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O porta-voz do comando unificado de operações conjuntas do Iraque, general de brigada Yahya Rasul, comunicou à Sputnik Árabe que, em Mossul, os terroristas controlam só metade da cidade antiga.

"Restam várias dezenas de militantes na cidade, a maioria dos quais são estrangeiros. Os terroristas estão completamente cercados e se encontram em uma situação muito difícil, a sua derrota em breve não é questionada. O exército ainda não os eliminou completamente porque, de acordo com os dados disponíveis, todos eles possuem cinturões de explosivos. As forças iraquianas atuam cuidadosamente para não afetar os moradores locais", acrescentou Yahya Rasul à Sputnik Árabe.

​De acordo com o militar, após a libertação de Mossul a luta contra o terrorismo vai continuar, porque os terroristas continuam controlando várias áreas, por exemplo no leste da província de Anbar. 

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Segundo acrescentou à Sputnik Raid al Azawi, professor de Relações Internacionais na Universidade Americana, após a libertação de Mossul o Iraque vai continuar a necessitar da presença de tropas norte-americanas. Foi a invasão norte-americana que desencadeou a crise no país em 2003, após o exército iraquiano não ter conseguido conter os militantes. 

"Não apelo à ocupação dos nossos territórios pelos EUA, mas é preciso perceber que o exército iraquiano agora não tem a capacidade necessária para vencer completamente a luta contra o terrorismo. O Daesh está em todas as áreas do Iraque. Além disso, Bagdá precisa de ajuda porque no país não chegou a ser formado um exército unido, no qual nos possamos apoiar em caso de surgimento de ameaças internas ou externas", comentou Raid al Azawi à Sputnik Árabe. 

Não existe uma coordenação entre os exércitos da Síria e do Iraque nas áreas avançadas na fronteira entre os dois países, de acordo com o general. Nem a Síria nem o Iraque têm capacidades para controlar estas zonas, que são vigiadas pela aviação dos EUA e dos seus aliados. 

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