Relação dos EUA com a China pode azedar - e muito - nesta semana. Saiba como

© AP Photo / FilesO presidente dos EUA, Donald Trump (à esquerda) e o líder chinês, Xi Jinping
O presidente dos EUA, Donald Trump (à esquerda) e o líder chinês, Xi Jinping - Sputnik Brasil
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Importante aliado na luta contra o programa nuclear da Coreia do Norte, a China pode ser alvo de “fogo amigo” nesta semana por parte dos Estados Unidos, em um incidente que pode ter repercussões nas relações entre os dois países.

O Departamento de Estado dos EUA vai lançar nesta terça-feira o seu relatório anual sobre o tráfico de pessoas, de acordo com a Agência Associated Press. E nele os chineses não estarão bem colocados.

A China deve aparecer no nível 3 do documento, o mais baixo, ao lado de países como a Coreia do Norte, a Síria e o Zimbábue. No ano passado, os chineses apareciam no nível 2.

Diante das repercussões internacionais do relatório, é esperada uma forte reação de Pequim contra as alegações de que o país asiático facilita o tráfico e a exploração de pessoas.

Há alguns dias, o presidente norte-americano Donald Trump já havia criticado a China em outra frente, alegando que os esforços chineses para pressionar os norte-coreanos não funcionaram.

Kim Jong-un durante a comemoração dos 60 anos do fim da Guerra das Coreias, em 2013 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Mídia: ex-presidente da Coreia do Sul tinha planos de assassinar Kim Jong-un

Entre outras declarações de Trump contra os chineses, destacam-se as opiniões (quando candidato à Presidência dos EUA) de que o governo chinês seria um grande manipulador da sua moeda, o yuan, a fim de tirar proveito dos norte-americanos em suas relações comerciais bilaterais.

O novo relatório a ser divulgado pelo Departamento de Estado pode criar um cenário para que a China não exerça a pressão que a Casa Branca gostaria sobre o regime de Kim Jong-un.

A posição mais recentes dos dois países – costurada por autoridades de EUA e China –, por ora, é trabalhar pela total desnuclearização da Península Coreana.

E, ao contrário do que Trump mencionou, a balança comercial entre a China e a Coreia do Norte vem apresentando quedas seguidas nos últimos três meses, sobretudo após o embargo ao carvão norte-coreano, definido por Pequim em fevereiro deste ano.

Se já havia dúvida do quão longe os chineses poderiam ir na sua pressão contra Pyongyang, elas podem aumentar após um novo incidente de discórdia com Washington.

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