Latas flutuantes: EUA completarão sua Marinha com navios velhos

© REUTERS / Corpo de Fuzileiros dos EUA/Cpl. Darien J. BjorndaNavios militares dos EUA, USS Bonhomme Richard (primeiro de baixo), e USS Boxer (segundo de cima), participam de exercícios navais com grupo de pronta-resposta da Unidade Anfíbia da Coreia do Sul, em Ssang Yong, 8 de março de 2016
Navios militares dos EUA, USS Bonhomme Richard (primeiro de baixo), e USS Boxer (segundo de cima),  participam de exercícios navais com grupo de pronta-resposta da Unidade Anfíbia da Coreia do Sul, em Ssang Yong, 8 de março de 2016 - Sputnik Brasil
Nos siga no
O Pentágono atendeu ao apelo do presidente Donald Trump de aumentar imediatamente o número de navios da Marinha. Como é caro construir novas embarcações, decidiram recorrer aos seus "estoques" velhos.

O porta-aviões norte-americano USS Gerald R. Ford - Sputnik Brasil
Mídia: o mais novo porta-aviões dos EUA está inoperacional
De acordo com o portal news.usni.org, a Marinha dos EUA está pensando em reanimar suas fragatas velhas da classe Oliver Hazard Perry. O último navio desta classe foi retirado do serviço em 2015. Esses navios velhos foram utilizados de modos diferentes: uns serviram de alvos flutuantes durante treinamentos, outros foram exportados para os aliados dos EUA. Nomeadamente, há pouco, Washington vendeu duas fragatas velhas a Taiwan por 190 milhões de dólares (R$ 623,8 milhões).

No entanto, é duvidoso que eles firmem mais contratos, porque sua própria Marinha está precisando dessas fragatas. É claro que esses navios, construídos nos anos 70, não podem concorrer com os modernos, mas como os EUA não têm embarcações novas, se contentam com a sucata.

O comandante-em-chefe dos EUA pretende reforçar significativamente a Marinha, aumentando o número de navios de 275 para 355, mas cortando ao mesmo tempo as despesas para a construção de novos. Por enquanto, encontraram sete ou oito fragatas que poderiam ser repostas em serviço, mas, segundo o chefe de operações navais da Marinha dos EUA, almirante John Richardson, como elas foram modernizadas já faz tempo, é duvidoso que possam reforçar consideravelmente a frota norte-americana. Mesmo assim, o número total de navios não chegará ao indicado por Trump.

Além disso, os militares planejam repor em funcionamento os destróieres de mísseis da classe Arleigh Burke. De acordo com o almirante, esta medida poderia ajudar a alcançar a meta desejada 10-15 anos mais cedo, mas ele reconhece que apenas "cuidados intensivos" não podem curar o "doente".

O cruzador lança-mísseis norte-americano Bunker Hill da classe Ticonderoga. - Sputnik Brasil
EUA não têm substituição adequada para seus navios de guerra mais poderosos
Segundo dizem, hoje em dia somente um terço dos navios norte-americanos estão em funcionamento, enquanto o resto está em reparação ou manutenção. Porém, os que funcionam têm tido muito azar. Basta lembrar os aviões que não puderam decolar do porta-aviões mais caro USS Gerald R. Ford, o superdestróier furtivo USS Zumwalt, que avariou saindo do estaleiro, e a mais recente colisão do destroier USS Fitzgerald com um navio mercante filipino, que furou o costado do navio norte-americano como se fosse uma lata. Vale destacar, que a embarcação comercial não sofreu quase nenhuns danos. E o que acontecerá quando os americanos laçarem ao mar seus navios já muito usados?

Na quarta-feira (21), todos os problemas da Marinha norte-americana serão revelados pelo chefe do Pentágono. E as corporações já estão esperando contentes novas encomendas lucrativas, pois o secretário da Defesa dos EUA James Mattis já assustou tanto os parlamentares, que eles estão prontos a ajudar a armada de Trump com alguns bilhões de dólares.

Olga Geroeva para o serviço russo da Rádio Sputnik.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала