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Michel Temer nega ordem para espionar relator da Lava Jato (VÍDEO)

© Beto Barata/PRMichel Temer
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O presidente da República, Michel Temer (PMDB), negou nesta segunda-feira que tenha tomado qualquer medida para interferir no Judiciário, tampouco para espionar o relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin.

Em vídeo divulgado no final da tarde por sua assessoria, Temer não mencionou a denúncia da revista Veja que tratava de uma suposta ‘devassa’ feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra Fachin, mas mencionou que “nenhuma intromissão foi ou será consentida”.

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No mesmo trecho do seu pronunciamento, Temer refutou ter interferido de alguma forma junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a fim de escapar da cassação da chapa da qual fez parte em 2014 no pleito presidencial, ao lado da petista e antecessora Dilma Rousseff.

“Nas democracias modernas, nenhum poder impõe sua vontade ao outro. O único soberano é o povo e não um só dos poderes. E muito menos aqueles que, eventualmente, exerçam o poder. Sob meu governo, o Executivo tem seguido fielmente essa determinação. Não interfiro nem permito a interferência indevida de um poder sobre o outro. Em hipótese alguma, nenhuma intromissão foi ou será consentida”.

O presidente chamou de “artificiais” as denúncias que pesam contra o seu governo e que, “na democracia, a arbitrariedade tem nome: chama-se ilegalidade”, “sob quaisquer justificativas”, completou.

“Justamente no momento em que saímos da mais grave crise econômica de nossa história, quando havia sinais claros de que as reformas teriam maioria no Congresso Nacional, assacaram contra meu governo um conjunto de denúncias artificiais e montadas […]. O caminho que conduz da justiça aos justiceiros é o mesmo caminho trágico que conduz da democracia à ditadura”, afirmou Temer.

O peemedebista ainda exaltou “as mais importantes reformas das últimas décadas” e garantiu que “o Brasil não vai parar”.

Leia a íntegra do pronunciamento feito pelo presidente Michel Temer (PMDB):

"Na última semana assistimos à demonstração da vitalidade da democracia brasileira, com o funcionamento pleno e livre do poder Judiciário.

Essa força não surge do acaso. Ela é possível em razão do mandato conferido pela Constituição às instituições públicas.

Desde o início de meu governo, tenho insistido que observemos os princípios fundamentais de independência e harmonia impostos pela Constituição Federal.

Nas democracias modernas, nenhum poder impõe sua vontade ao outro.

O único soberano é o povo e não um só dos poderes. E muito menos aqueles que, eventualmente, exerçam o poder.

Sob meu governo, o Executivo tem seguido fielmente essa determinação. Não interfiro nem permito a interferência indevida de um poder sobre o outro. Em hipótese alguma, nenhuma intromissão foi ou será consentida.

A agenda de reformas é o resultado mais visível do respeito mútuo e do diálogo constante mantido entre o poder Executivo e o Congresso Nacional. Meu governo tirou do papel reformas necessárias há décadas sobre temas fundamentais para o crescimento justo e sustentável em nosso país.

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A Presidência que busca ser democrática é aquela que conta com o apoio de uma base parlamentar unida em torno de medidas inadiáveis para transformar o presente e o futuro do Brasil.

Meu apego à independência e à harmonia entre os poderes tem resultados expressivos. As reformas promovidas já recolocaram nosso país nos trilhos do crescimento.

Essas reformas promovem a modernização das relações de trabalho e corrigem um sistema previdenciário injusto e desigual, combatendo privilégios.

Justamente no momento em que saímos da mais grave crise econômica de nossa história, quando havia sinais claros de que as reformas teriam maioria no Congresso Nacional, assacaram contra meu governo um conjunto de denúncias artificiais e montadas.

O estado democrático de direito não admite que as instituições públicas e seus responsáveis cometam ilegalidades sob quaisquer justificativas. Na democracia, a arbitrariedade tem nome: ilegalidade.

O caminho que conduz da justiça aos justiceiros é o mesmo caminho trágico que conduz da democracia à ditadura. Não permitirei que o Brasil trilhe este caminho.

Não vou esmorecer. Seguirei liderando o movimento em favor da aprovação da agenda de reformas econômicas, políticas e sociais que está recolocando o Brasil no caminho da prosperidade e do crescimento.

Com o apoio do Congresso Nacional, espero obter vitórias importantes para o país nas próximas semanas. Tanto na modernização trabalhista, quanto na reforma da previdência. Com coragem e determinação, estou convencido de que alcançaremos nossos objetivos: retomar o crescimento e o emprego sobre as bases sustentáveis e seguras do conjunto de reformas mais ambiciosas e necessárias das últimas décadas.

O Brasil não pode esperar, o Brasil não vai parar".

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