Mídia: Japão pode reforçar defesa antimíssil com receio de possível ataque norte-coreano

© AFP 2023 / Yoshikazu TsunoSoldados da Força de Autodefesa do Japão perto do sistema de defesa antimíssil Patriot, Tóquio, Japão
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O governo do Japão poderá no verão vir a tomar a decisão de reforçar o sistema de defesa antimíssil dados o desenvolvimento e testes de mísseis balísticos e de armas nucleares pela Coreia do Norte, informou na segunda-feira (12) a emissora japonesa NHK.

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De acordo com a NHK, o sistema de defesa antimíssil do Japão é constituído por navios equipados com o sistema antimíssil Aegis, mísseis de longo alcance SM-3, assim como pelo sistema de mísseis Patriot-3 que intercepta mísseis dentro dos limites da atmosfera.

No entanto, dado o desenvolvimento de tecnologias de mísseis na Coreia do Norte, o Japão está considerando a possibilidade de instalar a variante terrestre do sistema Aegis e os novos complexos antimísseis norte-americanos THAAD com um maior alcance operacional do que os Patriot-3.

Segundo a emissora, O Partido Liberal Democrata, no poder no Japão, inclina-se mais ao sistema Aegis, sendo esta a variante mais barata, enquanto o Ministério da Defesa do país está prestes a comprar sistemas THAAD norte-americanos, que podem atingir vários alvos a altitudes diferentes.

Como mostram vários dados, o custo da aquisição do THAAD poderá atingir 750 bilhões de ienes japoneses (R$ 22.4 bilhões), enquanto a variante terrestre do Aegis custará 160 bilhões de ienes (R$ 4.7 bilhões). O sistema THAAD já está parcialmente instalado na Coreia do Sul, que se tornou o primeiro país aonde os EUA deslocaram seus mísseis.

Ao mesmo tempo, por todo o território do país continuam simulações para defesa da população caso Pyongyang realize um ataque de míssil. Assim, de acordo com a agência Kyodo, na cidade de Tsubame, província de Niigata, foram realizados na segunda-feira (12) treinamentos de evacuação, dos quais participaram cerca de 100 pessoas.

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Na província de Okayama, por sua vez, durante um simulacro de evacuação envolvendo 3.500 pessoas, foi testado o sistema de alerta nacional J-alert.

A Coreia do Norte, apesar das sanções da ONU, continua os testes de mísseis, justificando-os pela alegada ameaça da parte norte-americana. Os mísseis balísticos norte-coreanos caem com frequência na zona econômica exclusiva do Japão, a umas centenas de quilômetros da costa.

No entanto, como nota a agência sul-coreana Yonhap, o governo do Japão está sendo criticado por "exagerar" a ameaça da Coreia do Norte. Por isso, os treinamentos de fato visam "aumentar artificialmente o medo" para assegurar o apoio dos membros extrema-direita no governo japonês, opina a agência.

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