Por que o poder militar da China provoca medo no Pentágono?

© REUTERS / Stringer Soldados do exército chinês durante o ensaio para a parada militar em Pequim
Soldados do exército chinês durante o ensaio para a parada militar em Pequim - Sputnik Brasil
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Uma vez por ano, o Pentágono apresenta ao Congresso dos EUA um relatório sobre o estado das Forças Armadas da China e os assuntos de segurança nacional dos EUA relacionados com isso. A cada ano a China reage enfurecida às teses apresentadas nesse documento. Este ano não é exceção.

A chancelaria chinesa declarou que o relatório está cheio de conclusões falsas sobre as capacidades defensivas da China e apelou aos EUA para se despedirem da mentalidade da guerra fria e avaliem de modo objetivo o desenvolvimento militar da China.

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Primeiro, foi a acusação apresentada pelos EUA em relação aos hackers chineses que supostamente atacam computadores das autoridades americanas para obter informações importantes sobre os Estados Unidos. Segundo, o Pentágono declarou que a China tem intenções de criar uma rede global de bases militares, começando, por exemplo, pelo Paquistão.

Entre outras acusações, aparecem "a política agressiva da China" no mar do Sul da China, que consiste da construção de infraestruturas militares nas ilhas disputadas. Para além disso, os EUA consideram que as Forças Armadas chinesas continuam se preparando para a unificação com Taiwan à força e simultaneamente tentam impedir a participação de terceiras partes neste processo.

O relatório desta vez também diz que a China gasta com a defesa muito mais do que informa oficialmente.

Em geral, as acusações dos EUA não têm nada de novo. Estes assuntos estão sempre na agenda da política internacional e são abordados em vários aspetos. O mais interessante, como sempre, está escondido nos detalhes, sublinha Ilia Plekhanov, autor da Sputnik.

Além dos aspetos políticos, muita atenção no relatório foi dedicada ao desenvolvimento técnico militar das Forças Armadas chinesas.

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O relatório indica que em 2015 e 2016 foram criados dois comitês especiais para se dedicarem ao desenvolvimento da ciência e tecnologia, o objetivo foi acelerar o crescimento tecnológico e permitir o desenvolvimento das tecnologias estratégicas de vanguarda para Forças Armadas.

Esse desenvolvimento inclui as áreas de motores espaciais e aeronáuticos, tecnologias quânticas, velocidade hipersônica, automatização e robótica, nanotecnologias, inteligência artificial e investigação espacial.

No relatório do Pentágono é sublinhado que apesar da China continuar comprando componentes estrangeiros para sua indústria militar, a cada ano ela se torna mais autônoma.

Resumindo, o Pentágono afirma que "os EUA continuarão monitorando a modernização militar da China e continuarão adaptando suas forças, abordagens, investimentos e conceitos operacionais para garantir sua capacidade de proteger a pátria, aliados e parceiros, conter a agressão e garantir a paz na região, a prosperidade e a liberdade.

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