China: Observatório espião e bases militares podem estar nos planos de expansão

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Os planos da China em avançar em direção ao Ocidente para aumentar a sua influência internacional vão além do Acordo Climático de Paris e de pactos comerciais. Na área militar, o país asiático pretende avançar em pelo menos duas frentes, segundo a mídia internacional.

Reportagem publicada pelo diário britânico The Sun na semana passada afirma que Pequim estaria planejando construir um observatório secreto embaixo das águas do mar da China, a fim de espionar as embarcações que circulam pela área.

A medida poderia ter impacto para os Estados Unidos, que costumeiramente envia embarcações e submarinos para a Ásia. A medida, de acordo com a publicação, seria uma precaução chinesa pela disputa marítima da região.

Já o governo chinês informou que o observatório – ao custo de US$ 297,5 milhões e um período de construção de cinco anos – terá somente fins ambientais.

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“Os dispositivos serão colocados no fundo do mar através de cabos ópticos, em outras palavras, construir um laboratório submarino para coletar e enviar dados de volta para nós”, informou Jian Zhimin, reitor da Escola de Ciências Marinhas e da Terra, da Universidade de Tongji, ao canal chinês CCTV.

Bases

Já o Pentágono afirmou nesta semana que suspeita dos planos da China em construir bases militares em outros países. A iniciativa estaria alinhada com os interesses econômicos de Pequim pelo mundo, aproveitando-se do isolacionismo adotado pela Casa Branca após a chegada do presidente republicano Donald Trump.

“Em fevereiro de 2016, a China começou a construir uma base militar no Djibouti, e sua construção será concluída no decorrer do próximo ano. É provável que Pequim busque estabelecer novas bases militares em países com os quais tem relações amigáveis por um longo tempo”, diz o informe do Pentágono.

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O Departamento de Defesa norte-americano reforçou ainda que o governo chinês aposta na construção de bases militares no exterior “juntamente com visitas regulares de navios de guerra a portos estrangeiros reflete e amplifica a crescente influência” do país asiático, “estendendo o alcance de suas forças armadas”.

Tudo isso aparece somado à presença na região asiática do porta-aviões chinês do tipo 001A, de fabricação chinesa. Segundo o Pentágono, é provável que a embarcação “alcance a capacidade operacional inicial em 2020”, o que é também um motivo a mais de preocupação para os EUA.

A questão marítima é abordada na conclusão do informe, afirmando que Pequim “tem usado táticas coercivas, tais como o uso de navios de polícia e milícias marítimas para impor suas reivindicações e promover os seus interesses” nos mares da China Meridional e da China Oriental, área onde os chineses disputam territórios com os seus vizinhos.

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