Cientistas: imunoterapia venceu o tipo mais agressivo de câncer de mama

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Médicos dos EUA declararam que conseguiram vencer o câncer de mama triplo negativo, a forma mais agressiva de câncer de mama, com a ajuda de anticorpos que lançam o sistema imunológico contra as células cancerosas.

Os resultados dos testes em questão foram tornados públicos durante uma conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em Chicago.

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"A droga não fez efeito a todas, mas apenas a algumas das mulheres com quem temos trabalhado, mas em todos esses casos o efeito foi muito bom e estável e durou por um longo período de tempo. A imunoterapia causa menos efeitos colaterais e pode prolongar mais a vida do que a quimioterapia e pode ajudar as mulheres a mudarem radicalmente a batalha contra o câncer da mama", disse Sylvia Adams da Universidade de Nova York (nos EUA).

Nos últimos anos, os biólogos moleculares e os médicos começaram depositando grandes esperanças na chamada imunoterapia para lutar contra o câncer, alergias, diabetes e outras doenças que até agora têm sido consideradas incuráveis. O método é na realidade muito simples – os cientistas estão tentando "lançar" a imunidade humana contra as células cancerosas utilizando vários anticorpos, micróbios vivos e uma série de outros "chamarizes" incomuns.

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Adams e seus colegas trabalharam com um dos primeiros produtos deste tipo, que se chama Pembrolizumab, e foi criado para lutar contra o câncer de pulmão, o melanoma e outros tipos de câncer de pele e contra o linfoma. Estes anticorpos não fazem efeito sobre o tumor, mas sobre as células imunes, bloqueando proteínas específicas na sua superfície, limitando assim a sua agressividade.

Mesmo nas formas mais agressivas de câncer de mama nos últimos estágios de seu desenvolvimento, as células "rebeldes" começam deixando o tumor e se espalhando através do corpo das mulheres, o que induziu os cientistas a usar Pembrolizumab na luta com o câncer de mama.

A principal vantagem desta droga, segundo Sylvia Adams, é que o organismo das mulheres suporta bem a presença dela – apenas 8% e 12% das participantes nos dois grupos de teste foram forçadas a suspender o tratamento por causa de efeitos colaterais graves. Na quimioterapia esta percentagem é várias vezes mais alta, o que limita severamente a sua aplicação e eficácia.

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