Fundindo F-22 e F-35: o que querem os EUA contrapor ao T-50 russo

© AFP 2023 / USAFO caça F-22 Raptor
O caça F-22 Raptor - Sputnik Brasil
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O especialista em defesa Kris Osborn escreve sobre os planos da Força Aérea dos EUA para atualizar os caças de quinta geração F-22 e F-35 através da fusão de seus sistemas de sensores.

No seu artigo para a revista Scout Warrior, o autor aponta que a Força Aérea dos EUA está na primeira fase de desenvolvimento de novos sensores para o seu avião furtivo F-22 Raptor.

Fusão de sensores

Planeja-se atualizar o software da aeronave, além de instalar novas antenas e introduzir vários melhoramentos no enlace de dados para ligar seus pacotes de sensores com os do caça F-35, como explicaram os engenheiros.

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A interoperabilidade de sensores, a integração bidirecional de dados e outros tipos de interconexão técnica entre os dois caças de quinta geração foram considerados chave para a estratégia de combate da Força Aérea dos EUA, dirigida a que a velocidade e a supremacia de combate ar-ar do F-22 trabalhem em conjunto com os sensores do F-35, além da sua tecnologia de ataques de precisão, computadores e capacidade de levar a cabo missões de combate polivalentes.

Enquanto o F-35 está projetado com a capacidade para realizar combates aéreos de proximidade, sua tecnologia de sensores avançados é capaz de reconhecer ameaças inimigas a maiores distâncias, o que permite atacar de antemão e com maior alcance para destruir o adversário no ar.

Tal como o F-35, os últimos F-22 têm um radar de abertura sintética (SAR, Synthetic Aperture Radar) e uma rede de intercâmbio de dados militares tácticos LINK 16, receptores de alerta e várias tecnologias de segmentação, explica Osborn.

O SAR utiliza sinais eletromagnéticos, os assim chamados 'pings', para fornecer ao caça uma imagem do terreno de baixo, o que proporciona uma melhor identificação do objetivo. É capaz de calcular os contornos, a distância e as características do solo.

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Desta maneira, a capacidade do F-35 e F-22 de trocarem informação dos sensores produziria uma vantagem sem precedentes no campo da batalha.

"Por exemplo, cada aeronave poderia utilizar a tecnologia furtiva para penetrar no espaço aéreo do inimigo e destruir os sistemas de defesa antiaérea", destaca o autor.

Uma vez estabelecido um corredor aéreo seguro para novos ataques, um F-22 poderia manter ou assegurar a continuidade da supremacia aérea, enquanto um F-35 levaria a cabo ataques terrestres de apoio aéreo de proximidade ou prosseguiria com missões de reconhecimento com sua nova tecnologia que inclui aviões não tripulados.

Além disso, cada avião seria capaz de identificar objetivos para o outro, se baseando nos seus pontos fortes. Em troca, um F-35 poderia utilizar seus sensores de longo alcance com objetivo de identificar objetos aéreos que o F-22 poderia atacar com mais eficácia.

Atualizações

"Os desenvolvedores da Força Aérea estão, naturalmente, muito conscientes dos caças furtivos chineses J-20 e os Su T-50 russos, que são a evidência de que os EUA necessitarão de trabalhar vigorosamente para manter sua vantagem tecnológica", sustenta Osborn.

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Um ajuste essencial do software, batizado Update 6, está sendo desenvolvido pelos engenheiros da Lockheed Martin, segundo contrato com a Força Aérea dos EUA. O trabalho está programado para se completar em 2020.

Porém, a Força Aérea está realizando a manutenção dos materiais furtivos do F-22 Raptor e melhorando seu novo armamento de ataque, que incluirá tecnologias atualizadas ar-ar e ar-superfície.

A Força Aérea também contratou a Lockheed Martin para realizar a manutenção do revestimento furtivo de baixa visibilidade do F-22. Isso assegurará a capacidade para gerir as ameaças de rápido surgimento, o que tem mais importância num tempo de aumento da divulgação do F-22 por todo o mundo.

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