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Reunião entre chanceleres de Brasil e EUA é dominada por pauta comercial (FOTO, VÍDEO)

© Foto / Divulgação / Twitter ItamaratyEncontro entre o chanceler brasileiro Aloysio Nunes e o secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson
Encontro entre o chanceler brasileiro Aloysio Nunes e o secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson - Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes Ferreira, teve na manhã desta sexta-feira um encontro privado com o secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, em Washington. A reunião girou em torno de temas comerciais da agenda bilateral.

Segundo informações do Itamaraty, o chanceler brasileiro levou ao governo norte-americano algumas propostas nas áreas de comércio e investimentos, aviação civil, espaço, infraestrutura, energia, agricultura, saúde, economia digital, defesa e segurança.

Essa foi a segunda reunião de Tillerson com um representante do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Em fevereiro, o antecessor de Nunes – o senador José Serra (PSDB-SP) – se encontrou a portas fechadas com o secretário de Estado na Alemanha, durante evento com ministros do G20.

A visita do ministro brasileiro visou ainda “tornar a relação bilateral ainda mais dinâmica, eficiente e coesa, orientada para projetos concretos e com impactos visíveis na vida dos cidadãos dos dois países”. A queda de barreiras comerciais para produtos brasileiros é uma das demandas na agenda do atual governo.

De acordo com a balança comercial brasileira, os EUA aparecem como o maior mercado mundial para produtos manufaturados brasileiros, que possuem maior valor agregado e representaram, em 2016, 60% da nossa pauta exportadora para aquele país.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra no México, 25.07.16 - Sputnik Brasil
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“As propostas brasileiras visam a atrair o setor privado, gerar maior integração produtiva e promover a modernização e o aumento de competitividade”, completou o Itamaraty, em nota divulgada previamente à imprensa. Assuntos como a exploração do pré-sal foram abordados neste ano por representantes dos dois países em diferentes momentos.

Havia a expectativa de que outros temas mais sensíveis, como a situação da política interna brasileira e a crise na Venezuela, fossem debatidos pelos dois representantes de Brasil e EUA. Entretanto, não foram divulgados até o momento detalhes a respeito de outros assuntos alheios às discussões comerciais.

Anteriormente, Tillerson elogiou a maneira com que o Brasil se posicionou a respeito da crise no país vizinho, considerando importante a postura do Palácio do Planalto em estimular o diálogo entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição venezuelana.

Ao final do encontro com Nunes, o secretário de Estado dos EUA foi questionado sobre outro tema: a saída do seu país do Acordo de Paris, que em 2015 definiu metas e planos para um maior controle de emissões de gases em todo o planeta. Tillerson considerou que se trata de uma “decisão política” e que deve ser respeitada pela comunidade internacional.

“É importante que todos reconheçam os Estados Unidos tem um retrospecto impressionante de redução das suas emissões de gases. É algo que devemos ter orgulho. Isso foi feito no Acordo de Paris e não creio que afete os nossos planos de reduções futuras das emissões”, concluiu.

Ainda no que tange a relação entre os dois países, permanece a expectativa em torno de um possível encontro entre Temer e o presidente dos EUA, Donald Trump, ainda em 2017. Entretanto, de acordo com nota publicada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira, a instabilidade política brasileira deixa o encontro em suspenso por enquanto.

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