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Serraglio não aceita troca de ministério e tira foro de assessor de Temer

© José Cruz/Agência BrasilPresidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania Osmar Serraglio
Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania Osmar Serraglio - Sputnik Brasil
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O deputado federal Osmar Serraglio (PMDB-PR) anunciou nesta terça-feira que não aceitará o convite para assumir o Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU). A decisão coloca o presidente Michel Temer (PMDB) sob considerável pressão.

Removido do posto de ministro da Justiça no último domingo, Serraglio teria ficado sabendo da troca por Torquato Jardim, então titular da pasta da Transparência, pela imprensa. A situação teria irritado o parlamentar, que foi pressionado por colegas a não aceitar a troca.

“Volto para a Câmara dos Deputados, onde prosseguirei meu trabalho em prol do Brasil que queremos”, diz trecho do comunicado divulgado pela assessoria de Serraglio. Ao retomar a sua vaga na Casa, o seu substituto, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), volta a ser suplente.

Loures é personagem central na trama envolvendo Temer e o empresário Joesley Batista, dono da JBS. Em sua delação premiada, o empresário apontou Loures como sendo o assessor indicado pelo presidente da República para repasses de dinheiro, fruto de propinas.

Com Serraglio de volta ao seu mandato, Loures perde o foro privilegiado e pode ter o seu caso encaminhado em breve para a primeira instância, na Justiça Federal de Curitiba. Há ainda a possibilidade de ser preso, em análise a ser feita pelo relator da Operação Lava Jato, ministro Edson Fachin.

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Loures mudou de advogado nesta semana e o novo defensor não indicou que ele fará delação premiada, embora reportagem publicada pelo jornal O Globo nesta terça-feira afirme que o assessor de Temer já tenha procurado a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), indicando que quer colaborar.

No Palácio do Planalto, a informação é de que vários nomes estão sendo analisados para o Ministério da Transparência. Não está descartada a indicação de um parlamentar do PMDB do Paraná, o que poderia recolocar Loures como deputado e, consequentemente, reconduzi-lo ao benefício do foro privilegiado.

Uma eventual colaboração de Loures com a Justiça poderia trazer elementos e provas comprometedoras a Temer, que já é investigado em inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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