Qual seria a resposta da Força Aeroespacial russa em caso de ataque dos EUA no espaço?

© AFP 2023 / Kirill Kudryavtsev / Acessar o banco de imagensLançamento do foguete Soyuz TMA-16M, do cosmódromo de Baikonur, nesta sexta-feira (27/03)
Lançamento do foguete Soyuz TMA-16M, do cosmódromo de Baikonur, nesta sexta-feira (27/03) - Sputnik Brasil
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Durante o discurso perante o Conselho da Federação (Senado) russo, o ministro da Defesa do país, Sergei Shoigu, declarou que a Rússia "não dorme" e monitoriza todos os passos dos EUA em relação aos anunciados planos de instalar armas no espaço.

Além disso, Shoigu assegurou que a Força Aeroespacial controla o espaço todo e estão prontos para reagir caso seja necessário.

Os especialistas estrangeiros avaliam como bastantes altas as capacidades da indústria militar russa e declaram que não há nenhuma razão técnica nem de outro caráter que impeça a Rússia de criar um análogo de qualquer arma espacial, assinala Viktor Siryk, autor do artigo para a página web do canal russo Zvezda.

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De acordo com o jornalista, a equipe de engenharia do Instituto Central Aero-Hidrodinâmico (TSAGI) assegura que as modernas astronaves são capazes de chegar a outros planetas sem vaivéns. Deste modo, o novo avião suborbital MG-19 se parece com o famoso Buran pelo seu aspecto visual. Porém, o MG-19 é capaz de evitar o uso de lançador espacial e voltar à Terra por si mesmo. No futuro próximo, começarão os trabalhos de construção do MG-19.

Alguns anos mais cedo, no mesmo Instituto, se levou a cabo um estudo sobre um complexo aeroespacial desenhado para voos intercontinentais a uma velocidade de uns 20 mil km/h. O sistema de todo o complexo é composto de uma aeronave de transporte (se pode utilizar o Il-76MF ou Il-96-400T) que deve levar o módulo a grande altitude.

Depois, a nave entra na órbita, atinge a velocidade programada e voa na atmosfera até o ponto de destino. Entretanto, as naves espaciais não são o único orgulho da Rússia, sublinha o autor.

O Exército russo também dispõe de mísseis com ogivas nucleares destinados a instalações orbitais e suborbitais, assim como de armas nucleares orbitais para bombardear a superfície da Terra. Ademais, existem e são constantemente melhoradas as armas de laser para destruir satélites de comunicações e mísseis em trajetória de aproximação ao alvo.

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Atualmente, no espaço não há fronteiras e todo o território situado a certa distância da superfície do planeta é utilizado por todas as nações. A interação entre vários Estados se baseia nos acordos internacionais. Enquanto isso, os satélites, estações e naves espaciais não têm proteção real e são extremamente vulneráveis em termos militares, adverte Siryk.

O colunista recorda que o uso de armas no espaço está regulamentado pelo acordo internacional: os países-signatários se comprometeram a não armar naves espaciais, nem lançar armamentos para a órbita.

"Entretanto, como qualquer outro acordo internacional, este se baseia exclusivamente na boa vontade das partes-signatárias e em qualquer momento pode ser abandonado. Esperamos que nossos parceiros sejam sensatos e isto nunca aconteça", assinala o autor.

Porém, segundo Siryk, caso seja necessário, a Força Aeroespacial russa terá recursos suficientes para responder a uma ameaça espacial.

Mas, de qualquer modo, a Rússia reiterou em numerosas ocasiões que não representa ameaça para ninguém e que seu único objetivo é defender seu povo e seu país.

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