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Exclusivo – Senador Paulo Paim: ‘Congresso precisa abrir os olhos e derrubar as reformas’

© Marcello Casal Jr/Agência BrasilTrabalhadores realizam nesta sexta-feira (28) protesto contra as reformas na Esplanada dos Ministérios, em Brasília
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Nesta sexta-feira (28) marcada por manifestações contra as reformas trabalhista e previdenciária em tramitação no Congresso Nacional, o Senador Paulo Paim (PT-RS), um dos maiores opositores a essas reformas, fala com exclusividade à Sputnik.

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No calor da greve: 'Venham negociar, senão a coisa vai esquentar'
Paulo Paim critica o Governo e enaltece o comportamento do povo por sua reação nesta sexta-feira: "Eu estou muito triste, chateado, com esta ofensiva desumana, irracional e irresponsável do Governo Temer contra o povo brasileiro, atirando contra o povo brasileiro”, diz o senador gaúcho. “Mas, por outro lado, a reação desse povo com as manifestações e a greve do dia de hoje, é só andar pela cidade. O país parou. Não é o número de pessoas nas ruas que me gratifica, porque nós temos o lado certo, o lado do povo. Um senhor de Brasília me disse: ‘Senador, está tudo parado, eu andei por aí.’ E assim foi em todas as cidades do país."

O senador também comenta a possibilidade de as manifestações desta sexta-feira terem força para, de alguma forma, afetar as decisões do Congresso Nacional sobre as reformas trabalhista e previdenciária:

"Eu espero que sim. Os deputados foram totalmente irresponsáveis [com a aprovação majoritária da reforma trabalhista] até o momento. Pode ser que agora tenham um reflexo, pode ser que surja uma luz na frente deles para iluminar o que eles não querem ver, que o povo está totalmente contra essas duas reformas [previdenciária e trabalhista] e elas podem então cair. O próprio presidente [Michel Temer], quem sabe, possa ter um gesto de grandeza e retire essas duas reformas porque o povo não quer as reformas. Mas aqui mesmo no Congresso, eu já tenho opinião e posição de muitos líderes da base do Governo que dizem que não votarão favoravelmente a essas duas reformas, e por isso eu espero que a manifestação de hoje, em que o Brasil parou, faça com que alguns parlamentares acordem, abram os olhos e vejam a reação de 200 milhões de brasileiros, que, de uma forma ou de outra, protestaram contra as reformas, e aí eu acho que elas podem cair."

O Senado Federal deverá receber na próxima semana a resolução adotada pela Câmara, na noite da quarta-feira, 26. A reforma trabalhista foi aprovada por 297 deputados, e 177 votaram contra. Os senadores acreditam que o Governo pedirá urgência no exame da matéria, mas os senadores de oposição ainda discutem a possibilidade de alterar alguns aspectos da reforma.

Quanto à reforma previdenciária, a Comissão Especial adiou para a próxima semana o final da discussão do relatório do Deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA). O presidente da Comissão, Deputado Carlos Marun (PMDB-MS), disse que pretende encerrar a lista de inscritos na terça-feira, 2 de maio, e votar o projeto substitutivo até quinta-feira, 4.

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