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Liberdade de imprensa nos EUA e no Canadá diminui a uma taxa 'alarmante'

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O recente declínio da liberdade de imprensa nas democracias ocidentais, como os Estados Unidos e o Canadá, é preocupante, informou o Repórteres sem Fronteiras (RSF) em seu relatório anual sobre a liberdade de imprensa nesta quarta-feira.

"Assistimos atualmente a um declínio alarmante na liberdade de imprensa, não só nos Estados Unidos, como tem acontecido nos últimos anos, mas também no Canadá", afirmou a diretora da RSF na América do Norte, Delphine Halgand.

Os Estados Unidos caíram duas posições no índice anual, do 41.º para 43.º, atrás de países como Burkina Faso e Belize. A liberdade de imprensa dos EUA tem estado sob ameaça nos últimos anos, mais recentemente com a eleição do presidente Donald Trump, explicou o relatório.

A análise leva em conta a eleição do republicano Donald Trump, que declarou antes mesmo de assumir a presidência que a mídia é "um inimigo do povo americano" e bloqueia os repórteres de mídias críticas de sua administração. O RSF notou que o ex-presidente Barack Obama deixou para trás um "legado frágil" quanto à liberdade de imprensa e acesso à informação.

O Canadá caiu quatro pontos para o número 22 no ranking. Isso porque, de acordo com o RSF, vários membros da imprensa enfrentam investigações policiais  em uma tentativa de descobrir vazamentos internos dentro do departamento.

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Além disso, um repórter do VICE News está lutando contra uma ordem judicial que tenta fazê-lo revelar uma fonte confidencial, enquanto outro repórter — um jornalista do The Independent — enfrenta 10 anos de prisão por sua cobertura de protestos contra um projeto hidrelétrico.

A organização observou que não existem leis que protejam os jornalistas canadenses que mantêm o segredo de suas fontes. A Rússia manteve seu lugar no número 148, enquanto o Brasil subiu uma posição e agora é o 103.º da lista.

"O Brasil continua sendo um dos países mais violentos da América Latina para jornalistas. As dificuldades são agravadas pela falta de um mecanismo nacional para proteção, um clima de impunidade alimentado pela corrupção ubíqua e um alto grau de instabilidade política, como visto na remoção da presidente Dilma Rousseff em 2016. A propriedade dos meios de comunicação continua a ser muito concentrada, especialmente nas mãos de grandes famílias que, muitas vezes, estão próximas da classe política".


Eritreia e Coreia do Norte mantiveram os últimos lugares do ranking de 2017.

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