Candidato à presidência francesa Macron promete ganhar respeito de Putin

© REUTERS / Benoit TessierCandidato à presidência francesa Emmanuel Macron
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Quando falta uma semana para as eleições presidenciais na França, as relações com a Rússia continuam sendo o principal tópico da campanha eleitoral. O candidato Emmanuel Macron até decidiu apostar neste tema, dizendo “ser capaz de fazer Vladimir Putin o respeitar”.

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Uma semana antes das eleições presidenciais francesas, o candidato à presidência Emmanuel Macron, líder do partido En Marche! (Em Marcha!), que ele define como "nem de direita nem de esquerda", decidiu apostar nas relações com a Rússia mais uma vez, desta vez se comprometendo a "fazer o presidente russo Vladimir Putin o respeitar".

Em entrevista à revista Jeune Afrique, o semanário pan-africano em língua francesa, o candidato disse que "ao invés dos outros, ele é capaz de fazer Vladimir Putin o respeitar, porque não deve nada à Rússia".

"Vou dizer a Vladimir Putin de modo direto e determinado que estou pronto a restabelecer o diálogo exigente para resolver a crise na qual a Rússia está envolvida (na Ucrânia e na Síria). Vou lhe dizer também que serei vigilante ao defender nossos princípios, sem hostilidade mas também sem concessões", disse ele em entrevista à revista.

O comentário foi feito depois de outra mídia francesa, o jornal L' Express, ter publicado um artigo intitulado "Eleições Presidenciais: 11 Candidatos, 7 Pró-Putin". Vale destacar que Macron não foi mencionado entre os candidatos pró-Putin.

"Ao contrário dos outros, estou em posição de ser respeitado, porque não devo nada à Rússia nesta campanha, onde tem havido uma interferência inaceitável ", disse Macron à Jeune Afrique.

"A Rússia tem um grande povo, uma grande cultura e uma grande história. Nossos países têm sido aliados muitas vezes, inclusive na época da União Soviética. Porém, hoje em dia, não há nenhuma razão para nos submetermos ao domínio russo, para nos impressionarmos ou deixar os russos violarem a lei internacional", afirmou Macron.

"Se a Rússia cumprir seus compromissos, então levantaremos pouco a pouco as sanções, e junto com a Alemanha, fortaleceremos a parceria econômica e política entre a União Europeia e a Rússia", acrescentou o candidato.

No entanto, no início de abril, Macron afirmou que era crucial para Paris manter o diálogo político com Moscou, mas que o governo francês não deve apoiar todas as posições das autoridades russas.

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"Devemos manter o diálogo com [presidente russo] Vladimir Putin, mas sob nenhuma circunstância devemos ceder ao que ele às vezes apoia ou defende… A Rússia precisa encarar as suas responsabilidades", disse Macron ao canal televisivo francês BFMTV.

De acordo com ele, todos os seus adversários nas eleições francesas estão "encantados com Vladimir Putin".

A primeira rodada das eleições presidenciais terá lugar em 23 de abril, enquanto a segunda, entre os dois concorrentes mais votados, está prevista para o dia 7 de maio.

Conforme uma recente pesquisa Harris Interactive, os candidatos mais votados serão Macron e a líder da Frente Nacional Marine Le Pen, devendo cada um dos quais obter, de acordo com as previsões, 23%. Os candidatos dos Republicanos e do Partido Socialista deverão atingir 20 e 19%, respectivamente.

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