'Segunda Guerra da Coreia': em que pode resultar?

© Sputnik / Ilia PitalevMilitares norte-coreanas durante a parada militar em homenagem ao 60º aniversário do fim da Guerra da Coreia, 2013
Militares norte-coreanas durante a parada militar em homenagem ao 60º aniversário do fim da Guerra da Coreia, 2013 - Sputnik Brasil
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O possível confronto entre Washington e Pyongyang teria consequências devastadoras para todo o mundo, escreve Dannis Halpin, ex-conselheiro do Comitê dos Assuntos Exteriores da Câmara dos Representantes, no seu artigo para The National Interest.

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Além das ogivas nucleares, cujo número pode atingir as 20, a Coreia do Norte tem até 5.000 toneladas de armas químicas, afirma o autor citando dados sul-coreanos. Por enquanto, Pyongyang não tem mísseis balísticos intercontinentais que possam levar estas armas diretamente até ao território americano, mas os mísseis de pequeno e médio alcance podem atingir bases dos EUA na Coreia do Sul, Japão e ilha de Guam (no oceano Pacífico).

Contudo, a Coreia do Norte tem capacidade real para atingir a capital sul-coreana, Seul, que está no raio de alcance dos sistemas de artilharia, lembra o autor. Em caso de uso de armas químicas, estarão em perigo não apenas coreanos, mas também muitos cidadãos americanos, inclusive o contingente de 28 mil efetivos das tropas americanas na península. O Japão também se sente ameaçado.

Outra vítima da hipotética guerra poderá se tornar a economia mundial. Se começarem os combates na região, as lojas americanas com mercadorias da Ásia Oriental ficarão vazias em muito pouco tempo, supõe Halpin. E se a China sentir uma ameaça aos seus interesses nacionais e apoiar a Coreia do Norte, as consequências para o mercado mundial serão realmente destrutivas.

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Afinal, não podemos esquecer que a Guerra da Coreia (1950-1953) custou aos EUA 50 mil vidas e cerca de 20 bilhões de dólares. Nessa guerra morreram 2 milhões de coreanos. O novo conflito pode resultar, além de um número de vítimas maior, na destruição total da infraestrutura sul-coreana, na perturbação do comércio mundial, na queda dos mercados, no envolvimento da China no conflito e, finalmente, no primeiro, desde os tempos de Hiroshima e Nagasaki, uso de armas nucleares. É muito importante pensar se estes riscos são justificáveis, conclui o autor.

Anteriormente, o canal NBC, citando uma fonte, havia informado que EUA podem levar a cabo um ataque preventivo contra a Coreia do Norte para impedir a realização de mais um teste nuclear de Pyongyang.

Os EUA enviaram recentemente para a península da Coreia um grupo aeronaval de ataque encabeçado pelo porta-aviões USS Carl Vinson. A Coreia do Norte, tal como em muitas outras ocasiões, ameaçou Washington com um ataque nuclear.

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