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Sem mencionar lista de Fachin, Temer mantém agenda e diz que governo não pode parar

© Beto Barata/PRTemer participa de Cerimônia de Assinatura de Atos em Prol das Mulheres
Temer participa de Cerimônia de Assinatura de Atos em Prol das Mulheres - Sputnik Brasil
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Um dia após a divulgação da lista de pedidos de inquérito do relator da Laja Jato no STF, ministro Luiz Edson Fachin, para investigar 82 políticos, entre ministros, deputados e senadores com foro privilegiado, o presidente Michel Temer manteve a sua agenda nesta quarta-feira (12).

Ministro Edson Fachin - Sputnik Brasil
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Fachin pede abertura de inquérito contra dezenas de políticos de alto escalão
A lista de Fachin atende a um pedido da Procuradoria Geral da República com base nas delações de executivos e ex-executivos da construtora Odebrecht. 

Durante assinatura de atos em prol das mulheres, Temer não se pronunciou sobre a lista do ministro Fachin, que autoriza a abertura de inquérito para investigar oito ministros do seu governo, além de líderes partidários e os presidentes do Senado, Eunício Oliveira e da Câmara, Rodrigo Maia. Em fevereiro, o presidente já tinha dito que só demitiria ministros que se tornassem réus na Lava Jato, o que ainda não é o caso.

Em discurso Michel Temer destacou somente que as atividades do governo não podem ser paralisadas e que vai deixar o Judiciário agir e dar a palavra final.

"Quando nós criamos a repartição dos órgãos do poder foi precisamente para dar agilidade a toda a atividade pública, então, cada um cumpre o seu papel. É uma trivialidade, mas é importante sempre recordar esse fato. Eu pessoalmente, e o meu governo que tem tido um apoio especialíssimo do Congresso Nacional, eu quero muito ressaltar e repito sempre que o governo só funciona, o Executivo, porque tem o apoio do Congresso e evidentemente, nas eventuais divergências ou interpretações equivocadas, quem vai dar a palavra final é o Judiciário. É isso que nós temos que prestigiar cada vez mais. Portanto, nós não podemos jamais paralisar o governo. Nós temos que dar sequência ao governo, temos que dar sequência a atividade Legislativa, nós temos que dar sequência a atividade Judiciária."

A retirada do segredo de Justiça dos nomes dos políticos de alto escalão citados nas delações de executivos da Odebrecht  chega em meio a tentativa do governo em aprovar  reformas  consideradas fundamentais para a economica do país, como a Reforma da Previdência e após a divulgação da lista contendo oito ministros, 42 deputados e 29 senadores, as discussões no Congresso foram suspensas.

Michel Temer também é citado nos pedidos de abertura de dois inquéritos, mas como possui imunidade temporária, por estar na presidência da República, a Procuradoria-Geral da República não o incluiu na nova lista de investigações, já que não se pode investigar o presidente por crimes que não tenham ligação com o exercício do mandato.

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