O que está por trás da luta contra energia tradicional travada pelo clã Rockefeller?

© Pedro Ventura/ Agência BrasíliaGás liquefeito de petróleo
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Mais de 600 instituições de 76 países cujos ativos, em conjunto, superam 5 bilhões de dólares planejam renunciar aos investimentos em combustíveis fósseis, particularmente carvão e petróleo, informou a Fundação alemã Heinrich Böll.

Entre estas organizações se encontram as maiores fundações de investimento: GPFG (Noruega), Allianz (Alemanha), AXA Group (França) e também RFF (Fundação da Família Rockefeller).

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A partir de agora, o modelo de negócio desta comunidade se centrará na transferência de capitais, incluindo ações e bens das empresas de petróleo e carvão, às empresas que produzem energias alternativas ou produzem equipamentos inócuos para o meio ambiente.

O principal promotor desta ideia é Bill McKibben, um dos ativistas ambientais mais conhecidos no mundo e fundador do portal 350.org. De acordo com os cálculos de McKibben, um aumento da temperatura global de apenas 2 graus em comparação com o nível atual poderá acarretar consequências irreversíveis.

Em outras palavras, entre a humanidade a o apocalipse está somente a liberação na atmosfera de 565 gigatoneladas de dióxido de carbono.

Não obstante, cabe recordar que os Rockefeller nem sempre prestaram tanta atenção ao meio ambiente. O avô de David Rockefeller, falecido há pouco aos 101 anos, era conhecido como o pai do moderno negócio do petróleo. John Rockfeller fundou a empresa Standard Oil, que logo se converteu na poderosíssima Exxon Mobil.

Os que buscam um equilíbrio justo entre a proteção do nosso planeta e o uso necessário da energia dos hidrocarbonetos propõem passar para o uso do gás natural na medida do possível. Esta posição está sendo promovida, por exemplo, pela petroleira Shell.

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"Estou totalmente de acordo com isso, já que a transição do carvão e petróleo ao gás natural reduzirá drasticamente a gravidade do problema do sobreaquecimento da atmosfera. O gás natural está se convertendo em um produto mais atrativo no mercado de energia", assegura o diretor do Instituto Nacional de Energia da Rússia, Sergei Pravosudov, citado pela edição Svobodnaya Pressa.

Um dos problemas deste combustível está no seu preço que, já há algum tempo, está ligado às cotações do petróleo. Isto não parece justo nas condições modernas quando o petróleo está barato e seu efeito negativo na atmosfera está mais que demonstrado.

"Entretanto, uma coisa está clara: na próxima década, o consumo mundial de petróleo não vai diminuir. Pelo contrário, poderá aumentar devido ao surgimento de novos usuários de automóveis na Índia e na China. Estes países serão o motor do crescimento da demanda de gasolina", assegura Pravosudov.

Quanto às energias limpas, também não é somente uma questão de proteção da saúde da nossa Terra, assegura o especialista. Nisto também estão envolvidos interesses financeiros de certos países. Agora, a hegemonia no campo da energia alternativa pertence à Alemanha. Os alemães pretendem desenvolver a segurança energética nacional, bem como estimular uma das principais indústrias no país.

"Com tudo isso, alguns políticos influentes creem sinceramente que estão salvando a humanidade das terríveis consequências do sobreaquecimento climático", concluiu o analista.

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