Especialista militar: 'superarma' dos EUA ainda não passa de publicidade

Pentágono acelera o desenvolvimento de projéteis HVP, que possuem velocidade hipersônica, informa a mídia. No futuro se pretende usar esses projéteis em obuseiros. O especialista militar Aleksei Leonkov comentou no ar do serviço russo da Rádio Sputnik essa informação.

Segundo dizem os desenvolvedores, os obuseiros do exército serão capazes de usar projéteis de alta tecnologia com velocidade hipersônica que foram originalmente criados como uma arma apenas para a Marinha dos EUA.

O canhão elétrico, para lançar um projétil cinético a uma distância de 160-180 km a uma velocidade de cerca de oito mil quilômetros por hora, usa uma corrente eletromagnética. Além disso, os projéteis HVP (Hyper Velocity Projectile) destroem os alvos somente graças à energia cinética. Tais munições não precisam de carga explosiva. A Marinha dos EUA planeja equipar com canhões elétricos até meados da década de 2020 os destróieres DDG 1000 da classe Zumwalt e cruzadores.

"Os americanos tinham experimentado esses projéteis em um canhão elétrico, fizeram um par de tiros e disseram a todo o mundo que criaram uma superarma. Mas um canhão elétrico é um brinquedo muito caro… Então, aparentemente para salvar este programa, eles inventaram transferir esses projéteis para os obuseiros. Mas o que eles dizem é improvável que corresponda à realidade. Eles não fizeram nada de excepcional. Sim, pode ser que tenha aumentado o alcance, como eles dizem, para 60 milhas, mas sobre aumento da precisão, por exemplo, não se sabe nada", disse o especialista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

De acordo com ele, os boatos sobre uso de projéteis hipersônicos em obuseiros ainda não são nada mais do que propaganda, em vez de serem um produto real.