Visita de ministro japonês a Taiwan provoca protesto da China

© flickr.com / Alex LinTaipei, Taiwan
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A visita de um alto funcionário japonês a Taiwan no sábado (25) se destinava apenas a promover as atrações turísticas do Japão, informou a mídia local citando o ministro das Relações Exteriores do Japão, Fumio Kishida.

Na segunda-feira (27), a China apresentou protestos contra a visita do ministro japonês dos Assuntos Internos e Comunicações Jiro Akama a Taiwan, acusando as autoridades japonesas de violar os compromissos de não ter contatos políticos diretos com a ilha.

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De acordo com a emissora da NHK, Kishida disse que Akama fez a visita apenas para promover a zona rural japonesa e rejeitou a alegação da China que a visita contradiz a promessa do Japão de limitar os contatos com Taiwan a áreas de discussão não governamentais.

O problema do estatuto jurídico de Taiwan remonta ao período após a Segunda Guerra Mundial e, em particular, ao Tratado de Paz de São Francisco de 1952 com o Japão, que não especifica a que país a ilha deve ser entregue, levando ao surgimento do movimento pela independência de Taiwan. A China não reconhece a independência de Taiwan, preferindo considerar a ilha como sua província separatista.

Em 1972, a China e o Japão anunciaram uma declaração conjunta sobre a questão de Taiwan, segundo a qual o Japão prometeu manter a política de "Uma só China", cortando seus laços políticos com a ilha. Em 1992, Taipei e Pequim também chegaram a um consenso de que há apenas uma China, mas não especificaram que governo é considerado legítimo.

Proibição de armas nucleares

Na terça-feira (28), Kishida disse que as negociações das Nações Unidas sobre a proibição de armas nucleares são impossíveis sem a participação dos países que possuem armas nucleares.

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Em 23 de dezembro, a Assembleia Geral da ONU aprovou uma resolução para convocar negociações sobre a proibição de armas nucleares, e decidiu que as negociações terão lugar em Nova York em 27 de março.

"As conversações não só não ajudam realisticamente a criar um mundo sem armas nucleares, como também podem aprofundar a cisão entre os estados nucleares e não-nucleares e causar um efeito adverso", disse Kishida aos jornalistas citado pela agência de notícias Kyodo.

Os Estados Unidos e a Rússia estão entre os 35 países que votaram contra a resolução e disseram não pretender participar das próximas negociações sobre a proibição de armas nucleares.

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