Ele opina que a suspensão das comunicações rodoviárias apenas acelerará o processo de dissolução do país.
"É Kiev que mina a unidade da nação. A decisão da administração de Poroshenko de bloquear o Donbass pode ter consequências graves para o sudeste da Ucrânia", escreve Bernd Johann no seu artigo para Deutsche Welle.
A iniciativa do Conselho de Segurança Nacional da Ucrânia foi uma espécie de concessão aos radicais ucranianos, que durante dois meses estavam bloqueando as comunicações ferroviárias entre Kiev e repúblicas autoproclamadas.
"Assim, os planos do governo sobre reintegração de Donbass viraram palavreado vazio", sublinha autor.
Ele também destaca que o comportamento das autoridades ucranianas contradiz os Acordos de Minsk: "Kiev coloca os líderes dos países que tentam regular o conflito em Donbass numa posição incómoda".
Bernd Johann considera que França e Alemanha tomarão uma posição cética em relação a iniciativa de Kiev.
Anteriormente Concelho da Segurança Nacional da Ucrânia havia deliberado suspender o transporte de mercadorias dos territórios não controlados por Kiev. O Governo ucraniano explicou que o passo é necessário para "proteger interesses nacionais da Ucrânia devido ao agravamento da situação na zona de conflito". O premiê francês, Jean-Marc Ayrault, e representantes do Departamento de Estado dos EUA se manifestaram a favor do levantamento de bloqueio de Donbass o mais rápido possível.