Opinião: 'Os europeus não entendem o que está realmente acontecendo na Síria'

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Distribuição de ajuda humanitária da Rússia à população da Síria - Sputnik Brasil
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Os europeus, incluindo membros de parlamentos, ainda não perceberam o que realmente está acontecendo na Síria, disse o presidente da Comissão do Conselho da Federação da Rússia para Assuntos Internacionais Konstantin Kosachev.

"Nossos numerosos contatos estrangeiros, incluindo através da linha da diplomacia parlamentar, mostram que, infelizmente, os europeus ainda não entenderam o que está acontecendo na Síria", escreveu o senador em seu blog no site do Conselho da Federação da Rússia na quinta-feira (16).

De acordo com o político, eles são reféns do "sistema", das atitudes de seus líderes, obcecados com a necessidade de remover Bashar Assad custe o que custar — "mesmo que seja a custo do domínio de todo o território da Síria por grupos terroristas como o Daesh e a Frente al-Nusra.

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"Apesar de alguns progressos na visão dos europeus, algumas forças continuam fazendo tudo o que está ao seu alcance para que na Síria se continue derramando sangue, e que eles tenham novas razões para acusações contra a liderança síria e a Rússia sobre míticos crimes de guerra e alegadas catástrofes humanitárias que ocorrem como resultado da alegada intervenção russa", sublinhou o parlamentar.

Ele referiu que a adesão da Rússia à luta contra o terrorismo internacional na Síria, em conformidade com o direito internacional e a convite do governo legítimo do país, infelizmente, apenas estimulou nossos críticos em seus exercícios de retórica pública agressiva.

"Embora, em vez de criticar, eles pudessem muito bem fornecer assistência eficaz para o povo sírio, removendo as sanções econômicas unilaterais contra a Síria e organizando entregas de alimentos e medicamentos. Mas o paradoxo da situação é que hoje a Rússia, que ela própria está sofrendo sanções ocidentais, se tornou quase o único (juntamente com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas) fator que garante um fluxo estável de ajuda humanitária para a Síria", disse o chefe do Comitê do Conselho da Federação da Rússia.

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Kosachev observou que a chefe da missão do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) em Damasco Marianne Gasser confirmou de fato, na reunião do Conselho da Federação da Rússia, esta tese em nome da delegação do CICV. Ela referiu também o papel principal da Rússia na área de desminagem de regiões libertadas dos terroristas.

Gasser apreciou altamente a interação do CICV com o comando do grupo de tropas das Forças Armadas russas na Síria, que resultaram na realização de operações humanitárias específicas nas áreas mais difíceis do país, como em Guta Oriental.

"Ficamos agradados pelo fato de que a atividade do CICV na Síria é despolitizada ao máximo. Vamos torcer para que a voz da Cruz Vermelha, como organização internacional independente e responsável, seja ouvida nas capitais que estão tentando politizar inadequadamente, ou não vendo de todo os esforços da Rússia para normalizar a situação no Síria", escreveu Kosachev.

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