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Forças Armadas deixam o Espírito Santo. E agora?

© Tânia Rêgo / Agência BrasilSoldados do exército patrulham as ruas de Vitória (ES)
Soldados do exército patrulham as ruas de Vitória (ES) - Sputnik Brasil
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Entre 8 de fevereiro e 8 de março, o Espírito Santo teve a presença de militares do Exército e da Marinha nas ruas de Vitória e de outras cidades. A presença dos militares foi solicitada ao Governo Federal pelo Estadual devido à paralisação dos policiais militares.

Considerando que há 7 anos os PMs do Espírito Santo não recebem aumento de salário e que o Governo Estadual não tem atendido às sucessivas reivindicações de reajuste, alegando falta de recursos, mulheres dos policiais militares posicionaram-se diante dos batalhões, impedindo a saída de viaturas para o patrulhamento diário.

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Na ausência do policiamento ostensivo, a criminalidade tomou conta de ruas, praças e avenidas, realizando diversos ataques até que, com a chegada dos militares, as ocorrências começaram a diminuir.

O Governo Federal deixou claro para o do Espírito Santo que a permanência das Forças Armadas no Estado seria provisória, e que os militares seriam retirados, impreterivelmente, em 8 de março, o que de fato aconteceu.

Para o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil do Espírito Santo, Walace Simonassi Borges, a presença dos militares nas ruas foi muito importante:

"A população teve a nítida sensação do aumento de segurança, o que foi de grande valia. Do ponto de vista da cooperação com os policiais, o trabalho dos militares também foi muito proveitoso, pois com o auxílio das tropas, dos seus veículos e equipamentos, pudemos realizar diversas operações contra a criminalidade. Por exemplo, os blindados do Exército e da Marinha foram essenciais para o êxito de várias dessas operações."

No entanto, Walace Simonassi Borges lembra que as Forças Armadas cumpriram seu papel de apoio aos policiais militares e civis, mas destaca:

"Segurança pública é para ser feita por policiais que têm treinamento e preparo para isso. Os militares têm outro tipo de formação: eles são treinados para defender o Estado contra invasões e ataques inimigos. Portanto, são coisas completamente distintas."

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O investigador também lembra que o número de ocorrências criminais passou a cair depois que os policiais militares retomaram o trabalho de policiamento ostensivo:

"No início e durante a paralisação, chegamos a registrar 200 homicídios em função do aumento da violência. Mas, à medida que a PM foi voltando para as ruas, as ocorrências criminais passaram a diminuir e a população começou a recuperar a tranquilidade."  

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