Culpa da Rússia: França cancela votação eletrônica alegando medo de ciberataques

© REUTERS / Charles PlatiauMarine Le Pen, líder do partido Frente Nacional da França
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A França desistiu do plano de realizar votações eletrônicas para seus cidadãos que estiverem em outras partes do mundo durante as eleições dos próximos meses. O medo das autoridades é o de que o pleito possa ser comprometido por atividades de hackers estrangeiros.

Paris - Sputnik Brasil
Chanceler francês denuncia suposta interferência russa nas eleições da França
A eleição presidencial no país está marcada para os dias 23 de abril e 7 de maio. Essas serão seguidas pelas eleições legislativas, marcadas para 11 e 18 de junho. O voto eletrônico para os franceses que vivem no exterior estava sendo considerado apenas nas eleições para a Assembleia Nacional. No entanto, segundo o Ministério das Relações Exteriores, a Agência Nacional de Cibersegurança alertou que a possibilidade de ciberataques durante a votação é "extremamente alta" e, por isso, o melhor a se fazer é "não correr riscos". 

O foco das suspeitas francesas são os hackers russos. Fazendo coro aos norte-americanos, que acusaram o Kremlin de interferir diretamente para consolidar a vitória de Donald Trump, nos Estados Unidos, em novembro, políticos e autoridades da França também vêm apontando a Rússia como uma grande ameaça ao processo eleitoral da Quinta República. Moscou nega. 

Emmanuel Macron, candidato do En Marche! e um dos favoritos para chegar ao segundo turno, tem acusado o governo russo de tentar enfraquecer sua campanha tanto através de ataques cibernéticos como por meio da imprensa. De acordo com ele, o objetivo russo é fazer com que Marine Le Pen, da Frente Nacional, ganhe a disputa pelo Palácio do Eliseu.

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Rival de Le Pen constrói sua campanha com base em 'acusações falsas contra Sputnik'

"Nós estamos acusando a RT e a Sputnik de serem a primeira fonte de compartilhamento de falsas informações sobre o nosso candidato e de todas as outras formas simbióticas de trabalhar com organizações fascistas ou de extrema-direita", disse em entrevista ao Sky News Mounir Mahjoubi, gerente de campanha de Macron. 

Declarações semelhantes já haviam sido feitas em fevereiro pelo secretário-geral do En Marche!, Richard Ferrand, para quem os franceses estariam sofrendo com a tentativa orquestrada de uma potência estrangeira de "desestabilizar um candidato na eleição presidencial". 

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