200 provas mostram 'possível ligação' entre Daesh e gigante do concreto europeu

© REUTERS / Thibault CamusNa foto: uma fábrica da LafargeHolcim em Paris
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Tribunal francês vai decidir se a famosa LafargeHolcim financiou ou não os terroristas na Síria.

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Cerca de 200 documentos de Sherpa, associação com sede em Paris, criada para defender vítimas de crimes econômicos, foram apresentados como parte da ação judicial contra LafargeHolcim.

Entre as acusações há alegação que "de fato poderia haver uma ligação" entre o grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia) e o um dos maiores produtores de materiais para construção, informou à Sputnik França a chefe do departamento de litígio da Sherpa. 

Mais cedo, na semana corrente, a LafargeHolcim admitiu que a filial síria da empresa pagou aos grupos armados "para preservar suas operações e garantir a passagem segura de funcionários e materiais" de e para a usina de concreto em Jalabiya. A usina, que está em estado operacional desde 2014, acabou fechada em setembro de 2014.

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A multinacional LafargeHolcim não especificou os grupos que receberam dinheiro da empresa, dizendo que a investigação "não pôde estabelecer com certeza os destinatários finais de fundos fora das terceiras partes participantes".

Mas, em 2016, o jornal francês Le Monde disse que a empresa financiou indiretamente o Daesh.

Marie-Laure Guislain, chefe do departamento de litígio da Sherpa, sugeriu que este tipo de revelações e duas ações judiciais, uma apresentada por Sherpa em conjunto com o Centro Europeu para Direitos Constitucionais e do Homem, e outro pelo Ministério das Finanças francês, forçaram a LafargeHolcim a lançar uma investigação do assunto.

"Eu também acredito que a empresa quer salvar sua reputação e parecer responsável quanto às relações com acionistas. Nós acreditamos que a Lafarge está tentando desviar a responsabilidade da sede para a sua filial síria", disse.

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Em 15 de novembro de 2016, a Sherpa apresentou uma ação judicial acusando a empresa de financiamento do terrorismo, cumplicidade com crimes de guerra e com crimes contra a humanidade.

Marie-Laure Guislain mencionou também que sua organização apela ao governo francês para adotar uma lei rígida que torne as empresas multinacionais responsáveis por atividades das suas subsidiárias e contratantes que agem no estrangeiro. E essa iniciativa já deu frutos este ano.

"Em 21 de fevereiro de 2017, a França aprovou a legislação histórica que permite às vítimas de crimes econômicos obter justiça", sublinhou.

Mas a funcionária da Sherpa explicou que o projeto da nova lei atualmente passa pela revisão do Conselho Constitucional, e essa entidade poderá recusar o projeto para promover mais a liberdade das empresas.

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