Qual será o destino do dólar nos países da América Latina?

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Enquanto o dólar está reforçando suas posições internacionalmente, a América Altina encara um cenário bem diferente.

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A explicação disso são as incertezas geradas pela política monetária dos EUA.

O comportamento do dólar no continente latino-americano mudou drasticamente devido a um conjunto de fatores da política econômica a nível internacional, revelou à Sputnik Mundo o editor de economia e finanças do jornal uruguaio El Observador, Federico Comesaña.

"Os planos de Donald Trump no início da sua gestão permitem esperar uma ênfase na aceleração econômica. Isso significa que o apoio que se dava à política monetária de taxas baixas já não será necessário", opinou Comesaña.

Segundo o especialista, a política comercial protecionista "com ênfase na atração de investimentos realizada pela nova administração dos EUA poderá levar ao crescimento entre três e 3,5%".

De acordo com Comesaña, o jeito com o qual Trump toma decisões "faz muito ruído nos mercados", o que "gera incertezas".

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"É de esperar que, com o decorrer do tempo, se concretize essa corrida por moedas mais fortes, em particular, o dólar, mas isso está constantemente em dúvida devido a outros sinais do governo Trump que confundem os mercados e levam a essa volatilidade que estamos evidenciando", assinala o especialista.

Na opinião de Comesaña, poderá haver "uma certa tendência de desvalorização". Isso depende não só de decisões dos EUA, como também das da Europa e da China.

A volatilidade do dólar afetará os países latino-americanos de acordo com sua dependência em relação ao dólar. Nesta situação, os países da região deverão acompanhar o cenário para não ficarem em desvantagem.

"É uma coisa fundamental, pois se nos restantes países o dólar sobe e no meu não, meus bens encarecem em relação ao resto do mundo", destaca Comesaña.

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