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Palácio Alvorada, que nada. Bom mesmo é o Jaburu

© Marcelo Camargo/Agência BrasilPalácio Jaburu
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Apenas uma semana depois de ter se mudado com a família do Palácio Jaburu — residência oficial dos vice-presidentes da República — para o Palácio da Alvorada, o presidente Michel Temer decidiu voltar à antiga moradia. Na terça-feira, de volta da Bahia, onde passaram o carnaval, Temer e família já foram para o antigo endereço.

O retorno, porém, criou uma polêmica com os gastos feitos nesse período de tempo. Segundo a Secretaria de Governo, a mudança custou R$ 24.015,68, que incluíram a instalação de uma tela de proteção na varanda do quarto do filho Michelzinho, de sete anos. Houve ainda reforma dos armários, pintura e troca de móveis, incluindo uma mesa de jacarandá do século 18 e outras três cadeiras que serviam como mesa de refeição mais íntima para o presidente.

A instalação da tela, mesma autorizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), desagradou a muita gente. O ex-curador do Alvorada Rogério Carvalho classificou a colocação da tela como uma "barbaridade deplorável". Segundo ele, quando o presidente Barack Obama se mudou para a Casa Branca pela primeira vez ele tinha uma filha da idade do filho de Temer e nem por isso foi instalada uma tela no local. O mesmo aconteceu durante a gestão de Dilma, que por diversas vezes recebeu o neto pequeno.

O editor de Política do "Correio Braziliense", Leonardo Cavalcanti, diz que duas mudanças em uma semana se constituíram um movimento no mínimo estranho do presidente.

"Tanto ele ter ficado no Alvorada, quanto tendo recuado para o Jaburu já é motivo de piada. Na verdade, pode-se dizer que ele não se sentiu bem à vontade porque o Alvorada era a residência oficial da ex-presidente Dilma Rousseff. Ele preferiu continuar como vice. É uma das leituras que pode ser feita nesse sentido." 

Para Cavalcanti, a questão, porém, foi mais de ordem prática. 

"O Alvorada é um lugar muito grande de fato, e no caso dele com um filho menor tem uma dificuldade maior de acompanhar o menino o tempo todo. Ele já estava mais acostumado com o Jaburu . Ele não deveria ter feito esse movimento, instalado telas, mesmo autorizado pelo IPHAN", diz o editor de Política do Correio, lembrando que o Palácio do Jaburu está em voga nos noticiários, principalmente depois do jantar que reuniu o empresário Marcelo Odebrecht com o presidente Michel Temer, na qual teria sido discutida a contribuição de caixa 2 para a chapa Dilma-Temer na eleição de 2004.

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