'Doping epiléptico': Hackers divulgam as substâncias usadas por atletas dos EUA

© Sputnik / Aleksandr Vilf / Acessar o banco de imagensDa esquerda para a direita: Conor Dwyer, Townly Haas, Ryan Lochte e Michael Phelps, nadadores americanos que conquistaram ouro olímpico na Rio 2016, no quarto dia das competições de estafeta 4x200
Da esquerda para a direita: Conor Dwyer, Townly Haas, Ryan Lochte e Michael Phelps, nadadores americanos que conquistaram ouro olímpico na Rio 2016, no quarto dia das competições de estafeta 4x200 - Sputnik Brasil
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Lista de substâncias usadas por campeões olímpicos, via de regra, não apresenta irregularidades do ponto de vista do doping, mas acende debate sobre o quão "limpos" são os atletas que dizem fazer uso de medicamentos terapêuticos.

O grupo de hackers Fancy Bears disponibilizou à RT documentos sobre "declarações de uso" da Agência Antidoping dos EUA (USADA), que contêm listagens que mostram os tipos de drogas, medicamentos, vitaminas e outras substâncias que os atletas utilizaram antes serem submetidos aos testes de doping. 

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Via de regra, tudo o que é declarado nestes documentos é legal do ponto de vista do doping, no entanto, o material divulgado pelo Fancy Bears revela informações interessantes que fazem pensar o quanto as estrelas do esporte são realmente "limpas" de substâncias. 

Um dos atletas que aparece na lista é o 23 vezes campeão olímpico de natação, Michael Phelps. Ele declarou que em 13 de abril, durante a competição Arena Pro Series Swim, na cidade de Mesa (Arizona), tomou três cápsulas de gabapentina. Este medicamento anti-epiléptico não é formalmente um narcótico, mas está incluído na lista de substâncias proibidas para cavalos, de acordo com a Federação Equestre Internacional.

O artigo destaca que, se Phelps sofresse de epilepsia, ele não conseguiria treinar plenamente e se tornar o maior campeão olímpico da história.

O documento revelado pelos hackers também cita atletas como a jogadora de basquete Suzanne Bird, que por muito jogou na Rússia, e venceu quatro medalhas de ouro pela seleção dos EUA. De acordo com os dados, em abril do ano passado ela declarou o uso do proibido glicocorticóide Kenalog. No entanto, a atleta entregou o teste de doping em um período de não competição, quando o uso da substância é permitido.  

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O Fancy Bears publica regularmente documentos que revelam as atividades das organizações responsáveis pelo combate ao doping. Em setembro do ano passado, os hackers invadiram o servidor da Agência Mundial Antidoping (WADA) e divulgaram os como os atletas mais importantes do mundo usam substâncias proibidas sob o disfarce de usos terapêuticos. Entre os citados pelos hackers, estavam as jogadoras de tênis Serena e Venus Williams, o ciclista Bradley Wiggins, a ginasta Simone Biles, o jogador de tênis Rafael Nadal, o corredor Mo Farah, o jogador de basquete Milos Teodosic, entre outros. 

O que chama a atenção com os documentos revelados pelos hackers é a proporção do escândalo desencadeado pelo relatório de Richard McClaren, a partir do qual o Comitê Olímpico Internacional abriu um inquérito contra atletas russos, que resultou com que 68 atletas russos fossem proibidos de participar nos Jogos Olímpicos do Rio. Diante de tantas acusações de politização das medidas contra os atletas russos, os documentos do grupo de hackers evidencia uma as falhas no sistema de controle de doping, reacendendo o debate sobre a adoção de uma política de 'dois pesos, duas medidas' em relação à Rússia. 

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