Como iniciativa de Trump sobre imigração 'impacta a agenda do Daesh'?

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É muito provável que o Daesh e outros grupos terroristas usem a recente iniciativa do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre imigração e terrorismo como um meio de reforçar recrutamento.

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Eis a opinião expressa à rádio Sputnik por Will Geddes, fundador do Grupo Internacional de Proteção Corporativa (ICP).

"O documento controverso ‘não joga nas mãos da agenda’ de organizações terroristas como Daesh que estão tentando apelar 'àqueles que podem ser vulneráveis para recrutamento'", destacou Geddes.

"Há muita teoria por trás desta iniciativa, pois os países na lista não têm capacidades dentro de suas redes de inteligência de prestar assistência quanto ao aumento do nível de monitoramento para garantir que aqueles que chegam aos EUA não representam risco", opina Geddes.

Segundo ele, "a própria ideia não foi má", mas a maneira de execução foi "extremamente chocante" já que muitos postos de controle não estavam preparados para isso. É muito provável que terroristas possam ajustar, adaptar e ultrapassar vários obstáculos e restrições presentes, aponta.

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Geddes não deixou de comentar o recente relatório do Comitê de Segurança Interna. O documento chamado "Análise de ameaças terroristas" adverte que as campanhas que visam derrotar grupos terroristas estrangeiros poderão resultar em mais ataques contra o Ocidente, inclusive os EUA.

Em 27 de janeiro, Trump assinou a lei intitulada "Proteção da Nação contra a Entrada de Terroristas Estrangeiros nos Estados Unidos", que proíbe a entrada de refugiados sírios nos EUA por 120 dias, reforçando as regras de entrada no país. Além disso, o decreto torna mais rígido o procedimento para obtenção de visto e suspende por 90 dias a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana: Iraque, Irã, Síria, Sudão, Iêmen, Líbia e Somália.

Em 4 de fevereiro, o Ministério da Justiça dos EUA apresentou uma apelação contra a decisão do tribunal em Seattle que suspendeu a ordem migratória de Trump. Em 9 de fevereiro, o tribunal decidiu manter a suspensão temporária da ordem executiva.

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