A que pode levar o terrorismo: membros do Daesh comem pessoas

© AFP 2023 / ALBARAKA NEWSMilitantes do Daesh na fronteira Síria-Iraque (arquivo)
Militantes do Daesh na fronteira Síria-Iraque (arquivo) - Sputnik Brasil
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Uma advogada de 20 anos, com o apelido "C", contou à Sputnik Árabe sobre os casos de torturas horríveis de cidadãos de Mossul por parte dos terroristas. Segundo ela, o Daesh está punindo as pessoas com mordeduras.

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Foram registrados dois casos de ataques contra meninas que tinham menos de 10 anos. Eram crianças de famílias diferentes e de bairros diferentes da cidade que saíram à rua para regar as plantas e limpar o espaço junto à casa. Em ambos os casos, as mulheres do Daesh que capturaram as crianças ofereceram a seus pais escolherem entre chibatadas ou uma mordedura.

Os pais não podiam imaginar como era possível morder assim uma criança. Foi revelado que a brigada de terroristas que tem nome de al Hansa, e que consiste somente de mulheres, tem um dispositivo metálico que imita os dentes e a maxila humana. Como resultado dessas "mordeduras metálicas", ambas as crianças faleceram.

Roupa islâmica 

Houve um caso em que os terroristas deram 30 chibatadas a uma mulher idosa porque ela não trazia "roupa islâmica".

Vale a pena acrescentar que os terroristas consideram que se parte da roupa, sejam soquetes ou uma bolsa, não é negra, ou se uma mulher tem calçado com saltos ou não usa luvas, tudo isso é classificado como violação das regras dos terroristas.

Médicos 

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Segundo contam as mulheres civis, elas tentavam evitar as visitas ao médico. Eram muitos os gabinetes onde trabalhavam mulheres do Daesh que buscavam pretextos para punir as pessoas por causa de supostas violações das regras islâmicas.

"Era terrível entrar nos hospitais onde tratavam terroristas feridos durante os ataques", acrescentou a interlocutora. Eles eram muito agressivos com os civis e os médicos.

Perseguição aos homens

Observadores do Daesh controlavam que os homens não se barbeassem e usassem calças curtas como os terroristas. Fumar cigarros previa uma punição forte. As pessoas eram espancadas ou multadas.

A crítica aos terroristas era considerada como um crime grave. Os terroristas suturavam a boca de suas vítimas em tais situações.

Dias horríveis

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Segundo contou à Sputnik Árabe a mulher de apelido "C", ela e sua família tentavam de não sair da casa. No primeiro ano da ocupação da cidade, eles sempre acompanharam a televisão e comunicaram com amigos através da Internet. Quando os terroristas cortaram o funcionamento da Internet e da televisão, eles começaram lendo muito. O sentimento de medo dominava toda a cidade. Eles tinham medo de que os terroristas fossem morar perto deles.

Muitas crianças não foram vacinadas, as famílias tinham medo de as deixar sair à rua e agora elas precisam de apoio psicológico.

Esses dias de terror eram acompanhados de fumaça negra do petróleo. O petróleo era a fonte principal de renda para os terroristas, mas sempre que um projétil atingia um campo ou reservatório, surgia essa fumaça que poluía o ar.

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