General turco: única chance de Ancara evitar guerra é através do diálogo com Damasco

© REUTERS / Umit BektasUm soldado turco no veículo militar blindado patrulha a beira entre a Turquia e a Síria, perto da vila de Besarslan do sudeste, na província de Hatay, Turquia, 1 de novembro de 2016
Um soldado turco no veículo militar blindado patrulha a beira entre a Turquia e a Síria, perto da vila de Besarslan do sudeste, na província de Hatay, Turquia, 1 de novembro de 2016 - Sputnik Brasil
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O ex-chefe do departamento da inteligência do Estado Maior da Turquia, general-tenente aposentado, Ismail Hakki Pekin escreveu, em artigo recentemente pulicado no jornal Aydinlik, que a Turquia está tomando um rumo em direção à guerra.

Em entrevista à Sputnik Turquia, Pekin comentou declaração pulicada no jornal Aydinlik.

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Segundo disse ele, "EUA e Europa querem obrigar a Turquia a fazer concessões e concordar, particularmente, em criar uma autonomia curda no norte da Síria e realizar negociações com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PTC) na Turquia. Caso tal estrutura autônoma seja criada no norte da Síria, a Turquia será cercada a partir do sul. Neste caso, o país terá que conduzir uma guerra contra ambas as frentes — contra o PTC dentro do país e contra o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia]".

Pekin sublinhou a prestação de apoio militar completo dos EUA ao Partido da União Democrática, incluindo abastecimento de armamento pesado, mísseis e veículos blindados, para alcançar seu objetivo principal — estabelecimento da região autônoma curda. Segundo opina Pekin, "a única chance de Ancara eliminar esse plano seria, sem perder tempo, estabelecendo diálogo com Damasco e intensificando a colaboração com Rússia, Irã e Iraque".

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Quanto à necessidade de evitar o risco de guerra, Pekin nota "ser vital a realização de criação do Comando Nacional, que deve se tornar a base do sistema, para controlar a mobilização da população caso as ações militares sejam iniciadas".

Para finalizar, o ex-chefe do departamento da inteligência do Estado Maior da Turquia comentou o referendo que será realizado no outono.

"Acredito que a Turquia precisa continuar seguindo pelo caminho do sistema parlamentar, já a realização do referendo ameaça romper a sociedade turca. Nas condições atuais, qualquer resultado do referendo é capaz de provocar explosão civil", concluiu.

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