Mídia: Rússia terá maior poder militar no Ártico do que a União Soviética

© Sputnik / Sergey Subbotin / Acessar o banco de imagensO quebra-gelo nuclear "Sovetsky Soyuz" (União Soviética) no porto de Murmansk
O quebra-gelo nuclear Sovetsky Soyuz (União Soviética) no porto de Murmansk - Sputnik Brasil
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A Rússia está restaurando a infraestrutura militar soviética e abrindo novas bases nas ilhas, no Ártico, o que é o maior desenvolvimento na região desde a era soviética, informa a Reuters.

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O autor do artigo, Andrew Osborn, até acredita que, em certas áreas, o poder russo superará o da União Soviética.

Ele argumenta a sua posição pelo fato de a Rússia estar de novo construindo quebra-gelos nucleares, que irão substituir os mais antigos, inclusive o famoso Lenin, que na época soviética era um orgulho, mas, depois de anos, tornou-se em um ponto de interesse da cidade de Murmansk.

"A Rússia está construindo três novos quebra-gelos nucleares, inclusive o maior do mundo, para fortalecer a sua frota, que consiste em 40 quebra-gelos, seis dos quais são nucleares. Nenhum outro país tem uma frota de quebra-gelos, usada para abrir rotas de navegação de navios militares e civis", escreveu.

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Cabe lembrar que o território do Ártico é disputado por vários países: Rússia, EUA, Canadá, Noruega e Dinamarca. Segundo as últimas estimativas de geólogos norte-americanos, cerca de 22% de todas as jazidas não exploradas de petróleo e gás natural se encontram no Ártico.

O jornalista acredita que, na época da Guerra Fria, a União Soviética tinha um maior poder militar para fazer frente a uma possível guerra nuclear com os seus adversários, mas no momento está sendo travada uma “guerra branda” pelos recursos energéticos. 

"A história se repete. Na altura [nos anos 1950] era o auge da Guerra Fria e, em certas áreas, os Estados Unidos estavam liderando. Mas nós ultrapassámos o lado norte-americano ao construir o primeiro navio de propulsão nuclear – o Lenin. Hoje a situação é semelhante", acredita Vladimir Blinov, que trabalha como guia no quebra-gelos Lenin.

O general norte-americano James Mattis, atual secretário norte-americano da Defesa, classifica as ações russas no Ártico como "passos agressivos". Mesmo assim, o presidente Donald Trump apoia a cooperação com Moscou na Síria e adverte sobre a corrida armamentista no Ártico, diz-se o artigo.

© Sputnik / M. KurnosovQuebra-gelos Lenin no Ártico (foto de arquivo)
Quebra-gelos Lenin no Ártico (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
Quebra-gelos Lenin no Ártico (foto de arquivo)

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