Cientistas descobrem por que aquecimento global resulta em catástrofes

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O número crescente de furacões no oceano Atlântico e chuvaradas torrenciais na Eurásia e América nos últimos anos tem acontecido porque o aquecimento global aumentou eficiência do “transvasamento” de calor na atmosfera da Terra e sua transformação em energia cinética, diz um artigo publicado na revista Nature Communications.

"O nosso trabalho é uma nova tentativa de explicar os fenômenos que estamos hoje observando na natureza. Nós descobrimos que a eficiência do transvasamento de energia na atmosfera da Terra, no sentido global dessa palavra, tem aumentado significativamente nas últimas quatro décadas, reagindo assim ao aquecimento global", declarou Liming Li da Universidade de Houston dos EUA no artigo publicado na Nature Communications.

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Nos últimos anos, segundo notam os cientistas, tem aumentado significativamente a frequência dos chamados fenômenos climáticos extremos — furações enormes perto de costas dos EUA e de alguns países da Ásia Oriental, inundações nas partes continentais dos EUA e Europa e períodos longos de seca e calor anômalo na Rússia e Ásia Central. Tudo isso, segundo opinam os cientistas, está ligado ao aquecimento global, mas seu mecanismo de influência sobre o tempo era desconhecido.

Liming Li e seus colegas revelaram uma possível razão para o número crescente de catástrofes naturais, estudando de que maneira o aumento de temperaturas influencia o chamado ciclo de Lorenz — a circulação de energia na atmosfera e o processo ligado à transformação de energia potencial do calor em energia cinética das massas de ar. Primeiramente essa conexão foi descoberta e descrita matematicamente pelo famoso meteorologista americano Edward Lorenz, autor da Teoria do Caos e inventor do termo Efeito Borboleta.

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Os cientistas não duvidam da existência desse ciclo, mas, segundo dizem os autores, ninguém estudou sua alteração em caso de aumento da temperatura do ar em alguns graus. Tendo em conta essa ideia, os cientistas analisaram dados recebidos pelos satélites climáticos da NASA e Departamento de Defesa dos EUA de 1979 a 2013.

Os cientistas tentaram definir de que maneira as alterações de temperatura, a força de irradiação da Terra pelo Sol e a flutuação da pressão atmosférica aumentam ou diminuem a velocidade de transformação de calor do ar em movimento de massas de ar e vice-versa.

Como mostrou a análise dos dados, o aumento de temperatura do ar e dos indicadores relacionados sempre levou a um único resultado — o aumento de eficiência das trocas de calor e aceleração da transformação de um tipo de energia em outro. Neste caso, tal "aumento de eficiência energética" tem efeito negativo.

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Devido a isso, a quantidade total de energia mecânica na atmosfera da Terra permanecia sempre igual, mas seu excesso era extraído dela cada vez mais rápido na forma de tempestades, ciclones, anticiclones e outros fenômenos inofensivos ou desagradáveis, ligados ao movimento de massas de ar. Isso explica por que o número de catástrofes naturais e fenômenos climáticos extremos tem aumentado nos últimos anos, e significa que a aceleração do aquecimento global poderá levar ao agravamento da situação no futuro.

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