Mistério do meteorito de Tunguska: desmascaramento da teoria cientifica

© Sputnik / Vitaly Bezrukih / Acessar o banco de imagensFloresta perto do lugar onde aconteceu Evento de Tunguska. (File)
Floresta perto do lugar onde aconteceu Evento de Tunguska. (File) - Sputnik Brasil
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Era suposto que o Lago Cheko tivesse sido formado com o impacto da explosão em grande escala que tinha ocorrido em um local perto do rio Tunguska na região da Sibéria. Mas cientistas russos realizaram a análise de uma amostra do fundo do lago que mostrou que o lago tem mais de 280 anos, o que significa que se formou antes do evento de Tunguska.

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Passados 108 anos, o evento de Tunguska é ainda um mistério.

Na manhã de 30 de junho de 1908, uma grande bola de fogo atravessou o céu por cima do rio de Tunguska, que fica na região de Sibéria.

Depois ocorreu uma grande explosão que foi vista até na Grã-Bretanha e ouvida a uma distância de mil quilômetros. A explosão destruiu cerca de 2 mil quilômetros quadrados de floresta.

Nos dias que se seguiram, no céu da Europa foram observados certos fenômenos estranhos como prateados, nuvens brilhantes, luminescência estranha no céu e pores-do-sol coloridos.

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Jornais russos informaram que isso foi um impacto de meteorito, enquanto a mídia ocidental especulou sobre vários cenários, desde a erupção de um vulcão a acidente com um OVNI. Mas as investigações não foram realizadas por causa da situação política imprevisível na Rússia naquela época.

Passados 13 anos, uma primeira expedição de pesquisa, liderada pelo mineralogista russo Leonid Kulik, visitou Tunguska. Apesar de terem explorado toda a área, eles não encontraram nenhuma cratera ou evidência do meteorito.

© AP PhotoLugar perto do rio Tunguska hoje em dia. (File)
Lugar perto do rio Tunguska hoje em dia. (File) - Sputnik Brasil
Lugar perto do rio Tunguska hoje em dia. (File)

Ao longo do tempo, apareceram muitas outras teorias para explicar a falta de crateras e matérias extraterrestres.Em 2007, uma equipa de pesquisadores da Universidade de Bolonha (Itália), chefiada pelo cientista Luca Gasperini, admitiu que o pequeno lago Cheko pudesse ter sido a cratera de impacto. Os pressupostos deles se baseavam no fato que o lago era excepcionalmente profundo e que tinha forma de cratera. Além do mais, eles não encontraram nenhum fato ou registro da existência do lago antes de 1908.

Em julho de 2016, a equipa de pesquisadores russos de Krasnoyarsk e Novosibirsk explorou o lago de novo para estimar a sua idade real. Como resultado, eles chegaram à conclusão que a região foi pouco explorada antes do século XX, por isso era possível que o lago pudesse ter tido existido antes de 1908.

​A idade do lago pode ser calculada através do estudo de amostras de sedimentos do seu fundo. No ano passado, cientistas obtiveram uma amostra do sedimento para realizar uma análise profunda.

A análise mostrou que a amostra do fundo do lago tem cerca de 280 anos, o que significa que o lago já existia antes do meteorito e não é resultado do impacto dele.

​Os resultados da pesquisa vão ser publicados em revistas científicas, no dia 30 de julho de 2017, para marcar o aniversário do evento de Tunguska, segundo comunicou o investigador principal Denis Rogozin do Centro de Pesquisas de Krasnoyarsk.

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