Venezuela efetua manobras de larga escala para se proteger de uma possível invasão

© AFP 2023 / Juan BarretoForças Armadas da Venezuela não vão admitir retirada do presidente Nicolás Maduro à força
Forças Armadas da Venezuela não vão admitir retirada do presidente Nicolás Maduro à força - Sputnik Brasil
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As forças armadas da Venezuela começaram manobras “anti-imperialistas” de larga escala na sexta-feira passada (13) visando preparar o país para se proteger no caso de invasão.

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Os exercícios decorrem no terreno, no mar e no ar, reunindo mais de 76 mil soldados e quase 500 mil civis. Além das manobras militares, foram efetuados treinamentos de defesa urbana e de proteção das refinarias de petróleo na costa.

De acordo com o ministro da Defesa venezuelano, Padrino Lopez, os exercícios contaram com armamentos de qualidade e nível internacional e um apoio amplo dos movimentos sociais.

No domingo (15), centenas de cidadãos saíram às ruas de Caracas em marcha para demonstrar seu apoio à ação de escala nacional, supervisionada pelo presidente Nicolás Maduro.

"Estamos prontos para defender nossa Terra, metro por metro, bairro por bairro, rua por rua", disse Maduro durante os treinamentos do estado de Miranda.

O governo socialista da Venezuela tem acusado os EUA de tentar derrubá-lo.

"A partir deste momento, alertamos os imperialistas americanos de que somos uma ameaça porque queremos a paz, somos socialistas, somos revolucionários e somos chavistas", disse Diosdado Cabello, deputado da Assembleia Nacional venezuelana, às tropas reunidas na base militar em Caracas.

"Você, Obama, com seu Nobel da Paz, trouxe guerra a todos os recantos do globo", afirmou.

Enquanto isso, na sexta-feira passada (13) a administração cessante de Obama ampliou o ato do executivo que declara o estado de emergência relativamente à Venezuela, ao dizer que a situação no país não melhorou e que o governo de Maduro continua violando os direitos humanos.

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Em 2015, o ato impôs sanções contra sete altos funcionários responsáveis pela prisão de manifestantes de oposição ao longo de uma onda de descontentamento popular que resultou na morte de mais de 40 pessoas.

A chanceler venezuelana, Delcy Rodriguez, chamou o ato de prova do "ódio" contínuo de Obama em relação à Venezuela.

Os opositores de Maduro afirmam que o presidente deve se focar em lidar com o colapso econômico na Venezuela, já que este provocou grande escassez de produtos básicos nas lojas e elevadas taxas de inflação. Alguns relatórios dizem que o país está à beira da fome.

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